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Fed decide na quarta-feira taxa de juros americana
Na última reunião, juros foram de 5,25% para 4,75% ao ano
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana terá na quarta-feira seu dia mais agitado para o
mercado financeiro global. É
que nesse dia os integrantes do
Fed (Federal Reserve, o banco
central dos EUA) irão se reunir
para definir como fica a taxa de
juros de referência do país.
A taxa norte-americana está
em 4,75% anuais. No último
encontro do Fomc (como é
chamado o comitê do Fed que
define a taxa), os juros foram
reduzidos de 5,25% para 4,75%
ao ano, surpreendendo boa
parte dos investidores e animando os mercados pelo mundo, com as Bolsas de Valores registrando importantes altas.
O mercado está dividido
quanto à decisão que será tomada nos EUA. Uma parcela
confia em mais uma redução de
juros, que seria de 0,25 ponto
percentual. Outra, um pouco
menor, espera pela manutenção da taxa americana.
Assim, se os dirigentes do
Fed não mexerem na taxa de
juros, o mercado pode ter um
dia de baixas na quarta-feira.
A taxa básica dos EUA serve
de parâmetro para os juros pagos pelos títulos do Tesouro
norte-americano, considerados os mais seguros do mundo.
Dessa forma, se a taxa é reduzida, acaba por influenciar a baixa do retorno dos títulos do Tesouro, o que leva grandes investidores, alocados nesses papéis,
a optarem por migrar para
mercados de maior risco, como
o acionário.
Para os emergentes, como o
Brasil, isso acaba por se refletir
em crescimento da procura de
seus ativos (ações, títulos de dívida e moedas).
A quarta-feira ainda trará a
divulgação da prévia do resultado do PIB (Produto Interno
Bruto) dos EUA no terceiro trimestre. Esse número é especialmente relevante, pois foi no
terceiro trimestre do ano que o
mercado mundial e a economia
dos EUA sofreram com a crise
originada no setor hipotecário
de alto risco, conhecido como
"subprime".
No dia seguinte, o mercado
vai se deparar com os números
do PCE (que mede os gastos
pessoais dos americanos), importante indicador do aquecimento econômico no país.
O desempenho da economia
norte-americana voltou ao foco
das atenções nos últimos dias.
A elevação do preço do barril de
petróleo para acima de US$ 90
levantou preocupações extras
em relação ao crescimento econômico norte-americano e os
reflexos sobre os índices inflacionários do país.
Durante a semana, haverá
também a apresentação de dados do mercado imobiliário dos
EUA, relevante foco de preocupações dos investidores nos últimos meses. Na quarta-feira,
sairão resultados dos gastos
com construção em setembro,
além de balanço do número de
pedidos de solicitação de empréstimos imobiliários.
No Brasil, o feriado de sexta
fará com que a semana no mercado financeiro seja mais curta.
Como nesse dia serão divulgados dados sobre o mercado de
trabalho americano -dentre
esses, a taxa de desemprego de
outubro-, a Bolsa brasileira
pode refletir hipotéticas decepções dos investidores apenas na
próxima segunda.
Na semana passada, o mercado brasileiro conheceu a ata da
última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). O
documento foi encarado como
conservador, o que fortaleceu
as apostas em manutenção da
taxa básica da economia, a Selic, no próximo encontro dos
diretores do Banco Central,
que irá acontecer entre os dias
4 e 5 de dezembro.
O Copom decidiu manter a
taxa Selic em 11,25% anuais em
seu último encontro, decepcionando parte do mercado financeiro que contava com mais
uma redução nos juros.
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