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Nível de atividade da indústria sobe 3,7% em SP
YGOR SALLES
DA FOLHA ONLINE
O INA, indicador do nível de
atividade da indústria paulista,
teve alta de 3,7% em setembro
contra agosto, segundo levantamento da Fiesp (Federação
das Indústrias do Estado de São
Paulo) e do Ciesp (Centro das
Indústrias do Estado de SP),
considerado ajuste sazonal.
Entretanto, a previsão para outubro é de resultados mais fracos, com reflexo da crise.
Sem ajuste sazonal, o INA teve acréscimo de 1,9%. Na comparação com setembro de
2007, o indicador teve incremento de 7,7%, e elevação de
7,8% no acumulado do ano contra o mesmo período de 2007.
Porém, o Sensor Fiesp -que
faz previsão sobre o mês que
ainda não acabou- teve recuo.
Em outubro, o indicador ficou
em 50,4 pontos, bem abaixo
dos 54,8 de setembro. A queda
mostra quebra no otimismo
dos industriais, já que há pelo
menos cinco meses o indicador
estava próximo dos 55 pontos.
Na avaliação da Fiesp, os dados mostram que a crise financeira global não atingiu a indústria paulista no mês passado,
mas que os primeiros efeitos já
são sentidos e serão traduzidos
em um recuo do INA e outubro.
"Esses números [do Sensor]
chamam a atenção por causa da
variação em relação aos meses
anteriores", disse o diretor do
Depecon (Departamento de
Pesquisas Econômicas) da
Fiesp, Paulo Francini. "A perspectiva positiva desapareceu."
Por causa das incertezas, ele
diz que a Fiesp ainda não reviu
as projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) e para a atividade industrial para 2008 e
2009, embora a deste ano não
deva ser alterada.
"Mesmo que o quarto trimestre tenha um desempenho
pior que o esperado, não deve
afetar muito", disse. Por isso, a
previsão de 5,4% para o PIB
não deve oscilar mais que 0,2
ponto percentual para baixo.
A incerteza é maior para
2009. "Sabemos que será pior
do que 2008, o que não responde muita coisa", disse.
A principal fonte de estresse
para a indústria paulista, diz
Francini, é a redução do crédito. "A percepção [sobre o efeito
da falta de crédito] ainda é difusa. Só está claro, por enquanto,
o aumento do custo", disse ele.
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