São Paulo, quarta-feira, 29 de outubro de 2008

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União Européia e FMI anunciam socorro à Hungria

DA REDAÇÃO

Depois da Islândia e da Ucrânia, ontem foi a vez da Hungria receber um empréstimo de 12,5 bilhões (US$ 15,7 bilhões) do FMI (Fundo Monetário Internacional), em um momento em que o governo local já prevê recessão econômica devido à crise financeira global. Além desse montante, a União Européia vai entrar com 6,5 bilhões (US$ 8,1 bilhões) e o Banco Mundial vai fornecer 1 bilhão (US$ 1,3 bilhão).
"As autoridades húngaras desenvolveram um amplo pacote de políticas que vai reforçar a estabilidade da economia no curto prazo e melhorar o seu potencial de crescimento no longo prazo", disse o diretor-gerente do Fundo, Dominique Strauss-Kahn. "Ele foi elaborado para ao mesmo tempo para restaurar a confiança do investidor e aliviar o estresse vivido nas últimas semanas no mercado financeiro húngaro."
O pacote deve ser votado no mês que vem pelo conselho executivo do Fundo, e a linha de crédito estará disponível para o governo húngaro durante o período de 17 meses.
Antes de confirmado o acordo com o FMI (as negociações começaram há alguns dias), o primeiro-ministro da Hungria, Ferenc Gyurcsany, disse que a economia deverá entrar em recessão no ano que vem.
Com o recrudescimento da crise financeira global, no mês passado, a moeda húngara, o forinte, foi uma das que mais se desvalorizaram no mundo e a Bolsa de Valores de Budapeste já retrocedeu 55% neste ano, com os investidores tirando suas aplicações de mercados considerados mais arriscados. O grande temor dos investidores estrangeiros é a capacidade do governo de financiar a sua dívida externa.
A ajuda para a Hungria é o terceiro grande empréstimo do FMI nos últimos dias. No domingo, ele havia anunciado auxílio de US$ 16,5 bilhões para a Ucrânia e, na semana passada, a Islândia já tinha conseguido US$ 2,1 bilhões com o Fundo. Mas é provável que os empréstimos não parem por aí, com Belarus, Paquistão e Sérvia aparecendo como os mais prováveis a receberem auxílio.
O governo alemão afirmou ontem que o Paquistão precisa receber o auxílio do Fundo em até seis dias para "impedir a mais difícil situação" no país.


Com agências internacionais


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