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entrevista
Para Wal-Mart, vendas estão no nível pré-crise
CRISTIANE BARBIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Wal-Mart inaugurou ontem, em Salvador, sua primeira Loja da Comunidade.
Previsto para funcionar ao
lado dos supermercados populares Todo Dia e atacadistas Maxxi, por enquanto restritas à região Nordeste, o
novo modelo oferecerá prestações de serviço à população, como emissão de documentos e cursos profissionalizantes. Segundo Héctor
Núñez, presidente do Wal-Mart, a proposta ajudará a
rede a criar laços mais fortes
com o consumidor. Uma arma a mais a ser usada em
tempos de crise, como afirmou na entrevista a seguir.
FOLHA - A Loja da Comunidade é
uma forma de enfrentar a crise?
HÉCTOR NÚÑEZ - Nossa missão
é oferecer preço baixo, sempre. Nas crises, esse conceito
brilha ainda mais, e as Lojas
da Comunidade ajudam a
concretizar essa missão.
FOLHA - A rede já sentiu reflexos
da crise?
NÚÑEZ - Não, continuamos
com a mesma tendência de
crescimento de antes. Mantemos relações próximas
com os fornecedores e estamos negociando de todas as
maneiras para não repassar
aumentos. Os importados
que vendemos são trazidos
pela própria empresa e já estavam em casa ou negociados, em vias de entrarem [na
rede]. Teremos um Natal forte e tranqüilo, sem pressão.
FOLHA - E as negociações futuras?
NÚÑEZ - Se houver algum tipo de pressão por aumento,
insistiremos nas negociações
e veremos o que vamos fazer.
Mas, de qualquer maneira, é
preocupação de 2009.
FOLHA - O Wal-Mart mantém os
planos de investir de R$ 1,6 bilhão
a R$ 1,8 bilhão na abertura de 80
a 90 lojas no país em 2009?
NÚÑEZ - Sim, a operação brasileira tem dado bons retornos para a companhia e a
confirmação dos investimentos reforça a percepção
positiva da matriz em relação ao país.
FOLHA - A matriz do Wal-Mart
está no epicentro da crise. A redução de consumo nos EUA pode
afetar os planos para a operação
brasileira?
NÚÑEZ - Enquanto todas as
outras redes varejistas estão
com crescimento negativo
nos EUA, o Wal-Mart está
brilhando, com aumento nas
vendas [...] No Brasil, a situação não é diferente, e a empresa mantém os investimentos no país.
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