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Varejo critica a nova Lei do Inquilinato
Para a Associação Comercial de SP, mudança preocupa; confederação de dirigentes lojistas vê "golpe" no pequeno comércio
Para o Creci-SP (conselho
de corretores de imóveis), mudança poderá trazer mais confiança para o mercado imobiliário
Danilo Verpa - 3.jan.08/Folha Imagem
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Edifício com apartamento disponível para aluguel em SP
DA REDAÇÃO
As mudanças propostas na
Lei do Inquilinato foram mal
recebidas por alguns setores
envolvidos.
O varejo vê com preocupação
as modificações, mas diz que é
preciso tempo para avaliar seus
efeitos na prática.
Para o presidente da ACSP
(Associação Comercial de São
Paulo), Alencar Burti, as mudanças podem "abalar a segurança do comércio varejista".
"Isso causa preocupação. Precisamos ver como vai ser."
Para ele, o problema maior
está na possibilidade de o proprietário pedir o imóvel de volta se receber uma proposta de
aluguel mais atraente.
"O contrato deve prever o direito de renovação e um teto no
aumento do aluguel", diz.
Para a CNDL (Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas), a lei representa um "golpe" no pequeno comércio. "A
medida é um tiro nas micro e
pequenas empresas", afirmou,
em nota, o presidente da entidade, Roque Pellizzaro Junior.
Na avaliação da CNDL, o locatário fica em condição de
desvantagem, pois, se não puder cobrir uma maior proposta
de aluguel, terá de deixar o imóvel. A CNDL disse que vai fazer
uma campanha de esclarecimento para que o plenário volte a discutir a matéria.
O presidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas
de Shoppings), Nabil Sahyoun,
analisa de outra forma. Para
ele, as modificações podem tornar mais ágil a solução de um
eventual conflito entre o proprietário e o locatário.
"Antes, se um locatário não
pagava o aluguel, não dava satisfação nem buscava negociar,
levava de um ano e meio a dois
para tirá-lo do imóvel."
Agilização
Para o integrante do conselho jurídico do Secovi de São
Paulo, Jaques Bushatsky, as
mudanças previstas no projeto
não afetam direitos das partes,
mas agilizam processos, o que
traz ganhos para o mercado.
"O projeto traz soluções muito simples, mas eram exatamente os tópicos que mais vinham sendo discutidos na Justiça. É muito importante a mudança aprovada porque não
mexeu em conceito nenhum da
lei antiga. Não afetou direito de
ninguém", afirmou ele. "Agora,
haverá mais segurança. Os economistas até avaliam que diminuirá a margem de risco na locação e isso pode reduzir o preço dos aluguéis", declarou.
Já para o Creci-SP (conselho
de corretores de imóveis), a
mudança trará mais confiança
para o mercado imobiliário.
"Isso garante que tanto os
grandes investidores, que têm
boa parte dos imóveis, como
outras pessoas que vivem de
aluguel não prefiram outros
meios de ganhar dinheiro e
mantenham o mercado aquecido", disse o presidente, José
Augusto Viana Neto.
Colaboraram a Sucursal de Brasília e o "Agora"
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