São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2008

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repercussão

Processo é desnecessário, diz concorrente

DA REPORTAGEM LOCAL

A licitação para compra de equipamentos de detecção e inspeção por raio-X, suspensa ontem pelo Ministério da Justiça, é desnecessária. A afirmação é de Otávio Moraes, diretor da VMI Sistemas de Segurança, uma das empresas que participam da atual concorrência e de outra realizada há pouco mais de um ano.
Moraes disse à reportagem da Folha que o mesmo Ministério da Justiça fez uma grande compra dos mesmos equipamentos para o uso nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007. Os equipamentos, segundo o empresário, estão guardados num galpão no Rio. Na ocasião, o governo comprou 159 equipamentos. A VMI vendeu 65 equipamentos ao preço de R$ 140 mil cada um. A licitação como um todo tinha valor estimado de R$ 20,8 milhões.
"[São] exatamente os que estão comprando nessa licitação. Nós vendemos 65 e o restante foi [fornecido] pela Ebco/ Smiths. Os da Ebco/ Smiths eram máquinas maiores, as nossas eram para aeroportos, presídios. Não precisaria ter uma outra licitação enquanto não se utilizam essas máquinas que estão paradas lá", disse.
Segundo Moraes, 5 dos 65 equipamentos vendidos pela empresa foram doados para a Infraero.
O ministério informou em nota que os equipamentos não estão mais no depósito do Banco do Brasil, no Rio. Foram doados para Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Depen. "Os do Depen foram doados para Estados como Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia, Piauí, Pará e Bahia", informou. Em nota, o ministério disse que os equipamentos são para "grandes eventos de diversos tamanhos". (AB)


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