São Paulo, segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

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Com ou sem PAC, siderurgia prevê "vôo cego"

DA REPORTAGEM LOCAL

O PAC vai demandar muito aço, mas a expectativa da indústria siderúrgica é bem modesta para o início de 2009. "Ainda esperamos as indicações da construção civil, da indústria automobilística e de bens de capital. Por ora, o primeiro trimestre de 2009 será um vôo cego", projetou Marco Polo de Mello Lopes, vice-presidente executivo do IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia).
A paralisação do mercado brasileiro de bens de consumo para construção civil e bens de capital provocou uma redução de 19,8% na produção de aço bruto no mês de novembro em relação a outubro. No ano, a produção ficará dois milhões de toneladas menor do que a previsão de agosto.
A esperança é que o mercado brasileiro seja o arrimo do crescimento a partir de agora. O PAC é parte dessa equação, afirma Lopes, mas, para isso, a indústria siderúrgica acha que o governo precisa mostrar mais sintonia. Algumas medidas de apoio ao consumo, como a redução da carga tributária e a liberação de uma parte dos depósitos compulsórios são positivas, mas isso deve ser acompanhado da baixa dos juros.
"É preciso haver convergência dentro do governo. Há de fato algumas medidas sendo tomadas para estimular o consumo, mas a política monetária do Banco Central tem de estar sintonizada com isso e não manter essa política engessada para os juros", disse o executivo. (AB)


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