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Governo do Rio pede intervenção em unidade
ANA PAULA GRABOIS
DA SUCURSAL DO RIO
O governo do Estado do
Rio protocolou ontem uma
ação civil pública contra a
Parmalat Brasil S.A. Indústria de Alimentos. O Estado
pede que a Justiça nomeie
um administrador para a
unidade da empresa em Itaperuna (a 365 km do Rio). A
ação solicita que se tornem
indisponíveis todos os bens
existentes na fábrica.
O procurador-geral do Estado, Francesco Conte, e o
secretário estadual da Agricultura, Christino Áureo,
protocolaram a ação na 2ª
Vara da Comarca de Itaperuna. Por trás do pedido estão os fornecedores da Parmalat que querem, como dizem seus representantes,
"secar" a empresa.
A ação conta com o apoio
dos fornecedores e é parte de
estratégia que, segundo apurou a Folha, começou a ser
definida ontem em reuniões
com a presença de advogados já contratados por eles.
Se o juiz Rubens Casara, da
2ª Vara, que analisa o pedido, decidir de forma favorável à solicitação, a direção da
empresa perde o poder de
administrar a fábrica. Isso
até que a dívida com os fornecedores de leite seja paga.
Mas a unidade continua pertencendo à multinacional.
Além disso, os ativos (estoques, maquinários) da empresa não poderão ser utilizados para um eventual pagamento de dívidas do grupo com outros credores.
O procurador-geral do Estado disse que o administrador a ser escolhido será "um
profissional escalado pelo
juiz". A Parmalat tem uma
dívida de R$ 6 milhões com
fornecedores de leite do Rio.
"Intervir na unidade de
Itaperuna significa que todos os pagamentos sejam
feitos aos fornecedores prioritariamente. O que sobrar
será remetido à matriz", disse Christino Áureo.
Essa ação pode correr paralela ao pedido de concordata solicitado pela Parmalat
anteontem.
O governo do Rio baixou
ontem um decreto que prevê
a compra diária, pela rede
estadual de ensino, de 150
mil litros de leite de produtores fluminenses.
Colaborou Adriana Mattos,
da Reportagem Local
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