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PIT STOP
Fabricante, que já instalou máquinas em três cabines na Dutra, pretende estender experiência a outras rodovias paulistas
Máquinas de refrigerantes chegam ao pedágio
JULIANA GARÇON
DA REDAÇÃO
Os motoristas que passam pelo
primeiro pedágio da Via Dutra
em direção ao Rio, perto de Arujá,
encontram, além da tarifa de R$
3,10 (para carros de passeio), máquinas de Coca-Cola. A Femsa, fabricante da bebida que atende à
Grande São Paulo, instalou máquinas de venda (vending machines) de refrigerantes em três cabines da praça de cobrança.
A Femsa, que produz 25% dos
produtos Coca-Cola consumidos
no Brasil, pretende estender o serviço a outras rodovias de sua área
de atuação -interior de São Paulo até a área Campinas (95 km da
capital) e litoral, além da região
metropolitana. Contudo, ainda
não tem prazos para a expansão.
A iniciativa, diz José Luiz Moreira, gestor de comercial e de marketing da NovaDutra, que administra a rodovia, foi adotada em
março de 2004. Surgiu a partir de
pedidos de usuários do sistema.
"Tem criança que já sabe quais
cabines têm máquinas e pedem
aos pais para passar por elas."
Em média, 1.300 latas são vendidas, a R$ 1,50, por semana. A máquina fica ao lado da janela da cabine, e o motorista conta com a
ajuda do funcionário para inserir
as moedas e recolher a bebida. "É
uma operação rápida, que não deve provocar filas", diz Moreira.
"Afinal, nosso foco é na rodovia."
Preocupada com esse risco, a
NovaDutra mantém cautela
quanto à instalação de "vending
machines" em outras praças.
"Ainda é uma experiência, queremos amadurecer a idéia."
A venda de refrigerantes não
impacta diretamente nos lucros
da empresa, diz Moreira, pois, assim como outras receitas acessórias -ganhos "extras" obtidos
com propaganda em painéis e exploração de faixas de domínio,
como instalação de antenas de celular e redes de fibra ótica-, entra nos cálculos de "modicidade
da tarifa". Ou seja, tem como função reduzir o valor do pedágio.
Ou ao menos atenuar as altas.
As receitas acessórias equivalem a algo entre 0,5% e 0,8% da
receita da concessionária.
No metrô e no zôo
A gerente de comunicação da
Femsa, Carla Camargo, diz que os
ganhos aferidos com as máquinas
de Coca-Cola instaladas nos pedágios ficam imperceptíveis na
contabilidade dos resultados da
empresa. "Esse tipo de venda faz
parte da nossa estratégia de disponibilizar o produto em todas as
ocasiões de consumo e atender o
consumidor em locais onde não
há pontos-de-venda próximos."
De olho nesse objetivo, a empresa já acomodou 22 máquinas
nas estações de metrô de São Paulo e 12 no Jardim Zoológico. "No
Zôo há apenas três pontos de alimentação, que ficam concentrados numa só área. Queremos dar comodidade ao consumidor."
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