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Demanda por iPod no Brasil supera oferta
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REDAÇÃO
O maior sucesso das vendas
de Natal dos EUA, o tocador de
música digital iPod, da Apple,
que vendeu 4,6 milhões de unidades no período, também tem
feito sucesso no Brasil, com
uma diferença: por aqui o número de aparelhos à venda não
atende a toda a demanda.
Uma pesquisa nos dois maiores fornecedores do aparelho
da Apple no Brasil, as redes
Fnac e Fastshop, indica que a
procura pelo produto tem sido
surpreendentemente alta
-afinal, no país a versão mais
barata do tocador, o iPod mini,
custa R$ 1.890, contra US$ 249
no exterior (cerca de R$ 660).
Até o meio da semana passada, o site da rede Fastshop indicava que o produto estava em
falta -não havia nenhuma
versão disponível para venda.
No fim da semana o site voltou
a oferecer alguns modelos.
Já a Fnac diz que determinados modelos e cores especiais
(como a prata e o verde) estão
em falta, e que a procura no
ano passado foi muito maior
do que o suprimento de iPods
-foram vendidos cerca de mil
tocadores mas, segundo a rede,
a Apple não atendeu nem 40%
dos pedidos postados.
A assessoria de imprensa da
empresa norte-americana diz
que os pedidos são atendidos
por ordem de chegada, e que os
fornecedores brasileiros fizeram encomendas quando o
produto já estava esgotado no
exterior, graças ao inesperado
sucesso de vendas.
Diz também que o excesso de
pedidos causa atrasos na alfândega -o produto é importado-, o que contribui para a escassez de iPods no mercado.
Mas, segundo a empresa, a situação foi pontual e o fornecimento já está normalizado -o
que é negado pela Fnac.
Se discordam no que diz respeito ao suprimento do mercado brasileiro, a Apple e seus
fornecedores estão de acordo
quanto ao motivo do elevado
preço do iPod -não é a demanda maior do que a oferta
que encarece o produto, mas os
impostos cobrados no Brasil.
Por aqui, a versão tradicional
do iPod, com 20 gigabytes de
memória, custa R$ 2.390 (contra US$ 299 nos EUA, aproximadamente R$ 792). O iPod
Photo, que tem 60 gigabytes e,
além de armazenar e tocar músicas digitais, também armazena fotografias, tem o preço
mais alto, R$ 3.990 (contra US$
499, cerca de R$ 1.322).
Uma alternativa à carestia está a caminho, mas também pode esbarrar no problema da demanda maior do que a oferta.
O novo iPod Shuffle, uma versão simplificada do tocador
que tem menos memória para
armazenar músicas e não possui a tela característica das outras versões, chega ao Brasil na
segunda quinzena de fevereiro
custando R$ 890 (a versão de
512 megabytes) e R$ 1.190 (a
versão de 1 gigabyte).
O preço mais baixo deve tornar a busca pelo produto frenética, como já acontece no resto
do mundo. A loja Apple de San
Francisco vendeu 2 mil iPod
Shuffle em quatro horas, no dia
seguinte ao lançamento, e lojas
em Nova York e Londres já têm
listas de espera pelo aparelho.
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