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Recessão se aprofunda nos EUA, mostram estatísticas
ANDREA MURTA
DE NOVA YORK
Três relatórios divulgados
ontem pelo governo americano
se somaram à pilha de notícias
ruins para a economia do país e
mostraram a face real de uma
recessão que se aprofunda. O
número de pessoas que pediram pela primeira vez seguro-desemprego subiu para 588 mil
só na semana passada, a venda
de casas novas caiu 14,7% e as
encomendas de bens duráveis
caíram 2,6% em dezembro.
Os pedidos de seguro-desemprego da semana que terminou
em 24 de janeiro observaram
um aumento de 3.000 pessoas
em comparação com a semana
anterior -a expectativa era
uma queda de 4.000 solicitações. Os totais foram divulgados após ajustes do Departamento do Trabalho, e o resultado da semana passada terminou com apenas mil pedidos
abaixo da pior cifra desde a recessão de 1982 -que fora alcançada em dezembro.
A taxa de desemprego dos
EUA está em 7,2%, a mais dramática em 16 anos, após a perda
de 2,6 milhões de postos de trabalho desde o início da recessão, em dezembro de 2007. O
presidente Barack Obama expressou temor de que o nível de
desemprego chegue aos dois dígitos neste ano.
O Departamento do Comércio informou que a venda de
imóveis novos para uma família caiu 14,7% em dezembro,
projetando um ritmo anual de
331 mil por ano (ajustado sazonalmente) -uma baixa recorde. Foi a quinta queda mensal
consecutiva.
No total sem ajuste sazonal,
482 mil casas de todos os tipos
foram vendidas em 2008,
37,8% a menos do que em 2007.
É o pior resultado desde 1982.
O preço das casas também
caiu. O valor médio de venda
em dezembro ficou em US$
246,9 mil, queda de 13,2% em
relação a um ano antes.
O Departamento do Comércio também divulgou ontem
que negócios dos EUA encomendaram menos bens duráveis (como computadores, móveis, equipamentos de construção e veículos) em dezembro,
antevendo meses ruins.
As encomendas caíram 2,6%
no mês passado, chegando ao
valor de US$ 176,8 bilhões. Em
novembro, o decréscimo havia
sido ainda maior, de 3,7%.
Para todo o ano de 2008, as
encomendas caíram 5,7%, cifra
superior apenas à queda de
10,7% em 2001.
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