São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 2002

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Subsidiária do Santander diz que só aguenta operar por três meses

Associated Press
Multidão faz fila na porta de agência bancária em Buenos Aires


DE BUENOS AIRES

O Santander,o maior banco espanhol, informou ontem que sua subsidiária na Argentina -o banco Río- enfrenta sérios problemas de liquidez e só terá condições de continuar operando por mais três meses no país.
Assim como os outros bancos argentinos, o banco Río enfrenta já há alguns meses uma intensa fuga de depósitos gerada pela falta de confiança da população nas instituições financeiras.
A possibilidade de faltar dinheiro em caixa para honrar os depósitos dos correntistas a partir de julho ganha força porque o Santander, segundo seu chefe-executivo, Alfredo Sáenz, não está disposto a injetar mais recursos na filial argentina.
"(O banco Río) É uma instituição fechada e isolada, de onde não entra e não sai nada."

Sistema viável
Assim como já havia comunicado em março, o Santander, que no Brasil controla o Banespa, reiterou que sua presença na Argentina depende de um sistema financeiro "viável e rentável".
O banco Río é a segunda instituição financeira estrangeira a dar sinais de problemas de liquidez no país.
Há cerca de 10 dias, o banco canadense Scotiabank Quilmes teve suas operações suspensas pelo Banco Central por um período de 30 dias.
O Banco Central da Argentina vinha ajudando o banco havia várias dias. Para fechar seu caixa, a instituição usava as linhas de redesconto do BC. (JS)


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