São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Feriado e virada do mês reduzem liquidez; bom resultado da balança impede mau desempenho

Bovespa e câmbio têm pequena oscilação

DA REPORTAGEM LOCAL

Com boas e más notícias, o mercado ficou praticamente parado ontem. O reduzido número de negócios também foi influenciado pelo feriado de 1º de Maio e por esta ser uma semana de virada de mês, com fechamento de dólar futuro e mudança na composição do Ibovespa.
O dólar fechou com pequena queda de 0,34%, para R$ 2,364. Na sexta-feira, a moeda obteve o mesmo percentual de alta, ou seja, voltou à exata cotação do fechamento de quinta.
A Bovespa subiu 0,11%, com volume financeiro bastante reduzido, de R$ 344,9 milhões.
O dia começou positivo para os negócios, com a divulgação do resultado da balança comercial deste mês. Até dia 28, a balança acumula superávit de US$ 447 milhões. No ano, o saldo acumulado é superavitário em US$ 1,475 bilhão. O resultado superou as expectativas.
Logo em seguida foi divulgada a pesquisa de intenções de voto para as eleições presidenciais da CNT/Sensus. Lula (PT) subiu 5,8 pontos percentuais para 37,9%. Os desempenhos de José Serra (PSDB) e de Anthony Garotinho (PSB) ficaram perto da estabilidade. Segundo analistas, esse resultado já era esperado pelo mercado e, por isso, não fez grandes estragos.
Logo após a divulgação da sondagem, foi anunciado que o Morgan Stanley e o Merrill Lynch, dois bancos de investimentos norte-americanos, reduziram suas recomendações para os títulos da dívida externa brasileira. A decisão foi atribuída por ambos ao crescimento de Lula nas pesquisas de intenção de voto.
A notícia teve influência maior nos C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira. Eles fecharam com baixa de 0,79%. Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos para janeiro, os de maior liquidez, projetaram juros de 19,25%, contra 19,18%.
Na Bovespa, o destaque de alta foram os papéis da Embratel. As ações ordinárias (com direito a voto) se valorizaram 7,2%. As preferenciais (sem direito a voto) subiram 3,3%. Os papéis começaram a se valorizar no final da semana passada, quando a norte-americana WorldCom, controladora da companhia brasileira, manifestou a intenção de vendê-la. A WorldCom enfrenta dificuldades financeiras e, apenas ontem, suas ações caíram 28% nos EUA. (ANA PAULA RAGAZZI)


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