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MERCADO FINANCEIRO
Feriado e virada do mês reduzem liquidez; bom resultado da balança impede mau desempenho
Bovespa e câmbio têm pequena oscilação
DA REPORTAGEM LOCAL
Com boas e más notícias, o
mercado ficou praticamente parado ontem. O reduzido número
de negócios também foi influenciado pelo feriado de 1º de Maio e
por esta ser uma semana de virada de mês, com fechamento de
dólar futuro e mudança na composição do Ibovespa.
O dólar fechou com pequena
queda de 0,34%, para R$ 2,364.
Na sexta-feira, a moeda obteve o
mesmo percentual de alta, ou seja, voltou à exata cotação do fechamento de quinta.
A Bovespa subiu 0,11%, com volume financeiro bastante reduzido, de R$ 344,9 milhões.
O dia começou positivo para os
negócios, com a divulgação do resultado da balança comercial deste mês. Até dia 28, a balança acumula superávit de US$ 447 milhões. No ano, o saldo acumulado
é superavitário em US$ 1,475 bilhão. O resultado superou as expectativas.
Logo em seguida foi divulgada a
pesquisa de intenções de voto para as eleições presidenciais da
CNT/Sensus. Lula (PT) subiu 5,8
pontos percentuais para 37,9%.
Os desempenhos de José Serra
(PSDB) e de Anthony Garotinho
(PSB) ficaram perto da estabilidade. Segundo analistas, esse resultado já era esperado pelo mercado e, por isso, não fez grandes estragos.
Logo após a divulgação da sondagem, foi anunciado que o Morgan Stanley e o Merrill Lynch,
dois bancos de investimentos
norte-americanos, reduziram
suas recomendações para os títulos da dívida externa brasileira. A
decisão foi atribuída por ambos
ao crescimento de Lula nas pesquisas de intenção de voto.
A notícia teve influência maior
nos C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira. Eles fecharam
com baixa de 0,79%. Na BM&F
(Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos para janeiro, os
de maior liquidez, projetaram juros de 19,25%, contra 19,18%.
Na Bovespa, o destaque de alta
foram os papéis da Embratel. As
ações ordinárias (com direito a
voto) se valorizaram 7,2%. As
preferenciais (sem direito a voto)
subiram 3,3%. Os papéis começaram a se valorizar no final da semana passada, quando a norte-americana WorldCom, controladora da companhia brasileira,
manifestou a intenção de vendê-la. A WorldCom enfrenta dificuldades financeiras e, apenas ontem, suas ações caíram 28% nos
EUA. (ANA PAULA RAGAZZI)
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