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Procura de fora também inclui títulos públicos
DA REPORTAGEM LOCAL
Não é apenas a Bovespa
que tem sido beneficiada
pelo fluxo de capital externo para o país. Os títulos
públicos também têm sido
alvo do crescente apetite
internacional por aplicações mais vantajosas.
Em fevereiro de 2006, o
governo decidiu isentar os
investidores estrangeiros
do pagamento de IR (Imposto de Renda).
Essa decisão, coincidente com o período de elevada liquidez internacional,
fez muitos recursos externos serem destinados a títulos públicos brasileiros.
Em 2005, as aplicações
dos estrangeiros em títulos públicos não chegavam
a US$ 1 bilhão. No ano passado, essa cifra subiu, alcançando os US$ 11 bilhões em dezembro.
Apesar de a taxa básica
da economia, a Selic, estar
em meio a um processo de
queda, o Brasil ainda pratica os maiores juros reais
(descontada a inflação) do
planeta. A Selic serve de
parâmetro para as taxas
pagas pelos títulos emitidos pelo governo.
Os juros reais brasileiros giram em torno de
8,5% anuais. A Turquia,
segundo país do mundo
por esse critério, pratica
taxa de 6% ao ano.
Como o processo de redução da Selic tem sido
gradual, a atratividade dos
títulos do país deve seguir
em alta, caso as condições
externas não se tornem
adversas.
(FV)
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