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Para centrais, proposta reflete reivindicações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da CUT
(Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique,
afirmou que várias das propostas colocadas pelo projeto do ministro Mangabeira
Unger fazem parte da pauta
de discussões da central há
anos. De acordo com ele, nas
conversas com o ministro, a
central apresentou esses
pleitos, que não considera
nem uma reforma trabalhista nem sindical.
"Os pontos apresentados,
em linhas gerais, são fundamentais e colocam o tema
trabalho de volta à agenda do
país. A questão é que o perigo
mora nos detalhes", disse
Henrique, referindo-se aos
próximos passos da reforma.
Já o secretário-geral da
Força Sindical, Luiz Carlos
Gonçalves, afirma que a central entrará nessa discussão
disposta a garantir a inserção
do Brasil no mercado de trabalho global, o que inclui redução de custos e aumento
de produtividade.
"A proposta do ministro é
muito positiva porque não
fala em tirar direitos. Trata
de questões importantes, como a incorporação de trabalhadores ao mercado e a valorização do salário na renda nacional", disse Gonçalves.
A Fecomercio SP (Federação do Comércio do Estado
de São Paulo) interpretou a
proposta como "intenção de
flexibilizar" a legislação. Para a assessora jurídica da entidade, Ana Paula Locoselli,
porém, uma reforma ideal
condicionaria os direitos trabalhistas às negociações coletivas. "Hoje, a questão trabalhista está engessada."
Procurada pela reportagem, a Fiesp (Federação das
Indústrias do Estado de São
Paulo) afirmou que irá analisar o documento antes de se
pronunciar.
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