São Paulo, quarta-feira, 30 de abril de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para centrais, proposta reflete reivindicações

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, afirmou que várias das propostas colocadas pelo projeto do ministro Mangabeira Unger fazem parte da pauta de discussões da central há anos. De acordo com ele, nas conversas com o ministro, a central apresentou esses pleitos, que não considera nem uma reforma trabalhista nem sindical.
"Os pontos apresentados, em linhas gerais, são fundamentais e colocam o tema trabalho de volta à agenda do país. A questão é que o perigo mora nos detalhes", disse Henrique, referindo-se aos próximos passos da reforma.
Já o secretário-geral da Força Sindical, Luiz Carlos Gonçalves, afirma que a central entrará nessa discussão disposta a garantir a inserção do Brasil no mercado de trabalho global, o que inclui redução de custos e aumento de produtividade.
"A proposta do ministro é muito positiva porque não fala em tirar direitos. Trata de questões importantes, como a incorporação de trabalhadores ao mercado e a valorização do salário na renda nacional", disse Gonçalves.
A Fecomercio SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) interpretou a proposta como "intenção de flexibilizar" a legislação. Para a assessora jurídica da entidade, Ana Paula Locoselli, porém, uma reforma ideal condicionaria os direitos trabalhistas às negociações coletivas. "Hoje, a questão trabalhista está engessada."
Procurada pela reportagem, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) afirmou que irá analisar o documento antes de se pronunciar.


Texto Anterior: Ministro quer "desoneração radical"
Próximo Texto: Reajuste: Salário mínimo de R$ 450 vale amanhã em SP
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.