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IGP-M sobe 0,71% neste mês, diz FGV; no ano, taxa é de 8,2%
VIVALDO DE SOUSA
da Sucursal de Brasília
O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) subiu 0,71% neste
mês, segundo divulgou ontem a
Fundação Getúlio Vargas. Em
março, a alta havia sido de 2,83%;
em fevereiro, de 3,61%.
Nos quatro primeiros meses do
ano o IGP-M subiu 8,21% e, nos últimos 12 meses, 8,55%.
O secretário de Planejamento,
Edward Amadeo, disse à Folha
que a inflação medida pelos índices de preços ao consumidor foi
"uma surpresa" porque ficou abaixo do previsto, mas ainda é cedo
para falar que a tendência da inflação nos próximos meses será de
queda.
Amadeo afirmou que o cenário
não é confortável, mas já permite
ao governo administrar a taxa de
juros de acordo com o comportamento da economia. Ele disse que
"a situação pós-desvalorização é
muito difícil de prever", mas avaliou que o Brasil está se recuperando melhor do que o esperado.
"A consolidação desse processo
ainda não se deu", afirmou. Segundo ele, o governo já criou as
condições para fazer o ajuste fiscal
com as medidas já aprovadas pelo
Congresso Nacional e aquelas adotadas pelo Executivo. Isso deverá
dar mais credibilidade ao programa de estabilização.
Com isso, disse ele, o crescimento econômico deverá ser retomado
no segundo semestre do ano. Para
Amadeo, o PIB (Produto Interno
Brasileiro, que mede a soma das riquezas produzidas no país) deverá
ter queda inferior aos 4% projetados no acordo com o FMI (Fundo
Monetário Internacional).
No segundo trimestre deste ano
(abril a junho), o PIB ainda deverá
registrar queda quando comparado com o resultado do trimestre
anterior ou com o do segundo trimestre do ano passado. Amadeo
disse que a manutenção na queda
dos juros contribuirá para essa recuperação da economia.
Embora a desvalorização do real
em relação ao dólar tenha melhorado o preço dos produtos brasileiros no exterior, o governo ainda
pretende adotar novas medidas
para estimular as exportações.
Amadeo disse que já existem algumas idéias, mas não pôde antecipá-las porque nada foi definido.
"O Brasil tem uma economia
grande e fechada. Vamos trabalhar
para melhorar as exportações e
ampliar a abertura econômica.",
afirmou.
Colaborou a Reportagem Local
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