São Paulo, Sexta-feira, 30 de Abril de 1999
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Governo barganha prorrogação do acordo de redução do IPI

da Sucursal de Brasília

Apesar das resistências da Receita Federal, o governo está disposto a prorrogar até o dia 31 de maio o acordo de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos carros, desde que as montadoras se comprometam a não aumentar os preços.
A proposta foi apresentada ontem pelo presidente Fernando Henrique Cardoso durante encontro com líderes das principais centrais sindicais do país -CUT, Força Sindical, CGT e Social Democracia Sindical.
A reunião do presidente com os sindicalistas foi realizada antes da cerimônia no Palácio do Planalto do lançamento de programas de estímulo à geração de emprego.
Se a proposta for aceita pelas montadoras, o governo de São Paulo irá renovar a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos carros de 12% para 9%, disse o secretário estadual do Trabalho, Walter Barelli. Ele participou da cerimônia no Planalto.
"A prorrogação da redução do IPI dará tempo para que possamos discutir outras alternativas a partir do dia 1º de junho", disse Luiz Marinho, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores.
Entre essas novas alternativas em debate está a criação de estímulos para a renovação da frota nacional. Essa proposta foi defendida pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, na reunião com FHC.
Segundo ele, o acordo do IPI permitiu a redução dos preços dos carros, para o consumidor, de 8% a 16%, de acordo com o modelo.
Pelo acordo em vigor, as montadoras se comprometeram a manter os preços dos carros no prazo de 4 de março até o próximo dia 4, com o argumento de que a diminuição da alíquota do IPI permitiria o aumento da arrecadação do imposto em virtude do aumento na venda de carros.


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