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SALTO NO ESCURO
Só lâmpada econômica para casa e de rua são isentas de taxa
RS e MG barram redução de imposto para novas usinas
SÍLVIA MUGNATTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os Estados de Minas Gerais e
Rio Grande do Sul barraram ontem a tentativa do governo federal
de reduzir a carga tributária incidente sobre equipamentos a serem utilizados em novas usinas
termelétricas e hidrelétricas.
O governo quer dar mais incentivos para a construção dessas
usinas, minimizando o risco de
novo racionamento em 2002.
Na reunião do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) que o governo teve com os secretários de Fazenda estaduais, foi
decidida apenas a isenção do
ICMS (Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços) incidente sobre lâmpadas fluorescentes compactas de até 40 watts e
lâmpadas de vapor de sódio utilizadas na iluminação pública.
A alíquota atual é de 18% em
média. A expectativa é que haja
uma redução de pelo menos 30%
no preço dessas lâmpadas devido
à queda de impostos federais.
O representante do governo de
Minas Gerais, Ricardo Luiz de
Souza, disse que foi contrário à
proposta sobre as máquinas porque o governo federal reduzirá
apenas o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o II (Imposto de Importação) em contrapartida à ação dos Estados.
O governo mineiro queria que
também fossem reduzidas as contribuições sociais incidentes sobre
as máquinas. O secretário da Receita Federal, Everardo Maciel,
disse que isso não seria possível
porque as contribuições incidem
sobre todo o faturamento.
"Foi uma postura mais política
do que técnica. Qualquer redação
que se colocava, eles (Minas e Rio
Grande do Sul) eram contra", comentou o coordenador tributário
da Secretaria de Fazenda de São
Paulo, Clóvis Panzarini. Minas é
governado por Itamar Franco
(PMDB), que faz oposição ao governo Fernando Henrique Cardoso. O Rio Grande do Sul, que não
está incluído no racionamento, é
governado por Olívio Dutra (PT).
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