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Elektro quer repassar perdas a consumidor
RAQUEL LIMA
DA FOLHA CAMPINAS
A Elektro quer repassar ao 1,6
milhão de clientes a perda de R$
130 milhões da receita e um aumento de custos em R$ 7 milhões
devido ao racionamento de energia. A distribuidora disse ontem
que deverá negociar o reajuste da
tarifa com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) após a contabilização final do prejuízo.
O repasse do prejuízo será feito
só nas negociações do próximo
ano, segundo o diretor de operações e coordenador do programa
emergencial para racionamento
da Elektro, Francisco Fernandes.
A concessionária, com sede em
Campinas, prevê uma arrecadação mensal de R$ 6 milhões mensais com a cobrança da sobretaxa
determinada pelo governo. As
distribuidoras têm uma parcela
de 2% referente à sobretaxa.
"Não é suficiente nem para cobrir 10% dos nosso custo adicional", declarou Fernandes.
Haverá multa de 50% aplicada
sobre o consumo entre 201 kWh e
500 kWh. Pelo menos 432 mil
(27%) clientes da Elektro se encaixam nessa faixa de consumo
mensalmente. Acima de 501 kWh,
a sobretaxa será de 200% - a
concessionária possui 59,2 mil residências nesse perfil.
Quem descumprir as cotas de
consumo estará sujeito a um corte
de energia de três dias, no primeiro mês, e de seis dias, no caso de
reincidência. A Elektro disse que
não tem condições de realizar o
corte de todos os consumidores
que ultrapassarem a meta de consumo estabelecida pelo governo.
"Vamos ter que listar esses consumidores em ordem decrescente
de consumo de energia e discutir
o critério de corte com a Câmara
[de Gestão da Crise de Energia
Elétrica]", disse o diretor de operações da Elektro.
Na semana passada, a Elektro
registrou queda global de 7,5% no
consumo de energia em relação à
semana anterior. "Acho prematuro falar em apagão agora, mas, se
a meta não for atingida, não vejo
outra saída", declarou Fernandes.
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