São Paulo, quarta-feira, 30 de maio de 2001

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Tele quer consumo de hoje como base de meta

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os representantes do setor de telecomunicações explicaram ontem ao "ministro do apagão", Pedro Parente, que não têm como economizar 20% de energia sem comprometer a prestação dos serviços.
"Não temos como nos adaptar à redução de consumo", disse Fernando Xavier, presidente da Telefônica, que, na telefonia fixa, atua na área de São Paulo.
Eles reclamam que as metas de redução de consumo levam em conta o gasto de energia do ano passado.
Como houve crescimento de mercado, o corte em relação ao consumo atual não seria viável porque, na prática, ficaria acima de 20% devido ao aumento da demanda e do número de clientes.
No caso da telefonia celular, por exemplo, em junho do ano passado havia aproximadamente 18 milhões de usuários. O número mais atual da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) registra aproximadamente 24 milhões de usuários no país.
Uma das reivindicações dos empresários do setor de telefonia é que pelo menos as metas de redução de consumo de energia sejam calculadas levando em consideração o consumo atual de eletricidade, pois então seria levado em conta o crescimento do mercado ocorrido nos últimos meses.

Geradores
As empresas de telecomunicações têm geradores de energia e baterias nas torres de transmissão. O problema é que tanto os geradores quanto as baterias têm duração limitada. Não servem para interrupções prolongadas no fornecimento de energia.
No caso da telefonia celular, 90% das cerca de 12,5 mil torres (estações de radiobase) têm bateria própria.
A bateria da maior parte das torres de transmissão de telefonia celular dura quatro horas. Após o fim de sua duração, elas consomem de 15% a 30% mais energia durante a recarga, que demora até 72 horas.
Com o uso além do normal, a vida útil das baterias diminui.


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