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Tele quer consumo de
hoje como base de meta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os representantes do setor de
telecomunicações explicaram ontem ao "ministro do apagão", Pedro Parente, que não têm como
economizar 20% de energia sem
comprometer a prestação dos serviços.
"Não temos como nos adaptar à
redução de consumo", disse Fernando Xavier, presidente da Telefônica, que, na telefonia fixa, atua
na área de São Paulo.
Eles reclamam que as metas de
redução de consumo levam em
conta o gasto de energia do ano
passado.
Como houve crescimento de
mercado, o corte em relação ao
consumo atual não seria viável
porque, na prática, ficaria acima
de 20% devido ao aumento da demanda e do número de clientes.
No caso da telefonia celular, por
exemplo, em junho do ano passado havia aproximadamente 18
milhões de usuários. O número
mais atual da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) registra aproximadamente 24 milhões de usuários no país.
Uma das reivindicações dos
empresários do setor de telefonia
é que pelo menos as metas de redução de consumo de energia sejam calculadas levando em consideração o consumo atual de eletricidade, pois então seria levado
em conta o crescimento do mercado ocorrido nos últimos meses.
Geradores
As empresas de telecomunicações têm geradores de energia e
baterias nas torres de transmissão. O problema é que tanto os geradores quanto as baterias têm
duração limitada. Não servem para interrupções prolongadas no
fornecimento de energia.
No caso da telefonia celular,
90% das cerca de 12,5 mil torres
(estações de radiobase) têm bateria própria.
A bateria da maior parte das
torres de transmissão de telefonia
celular dura quatro horas. Após o
fim de sua duração, elas consomem de 15% a 30% mais energia
durante a recarga, que demora até
72 horas.
Com o uso além do normal, a vida útil das baterias diminui.
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