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O VÔO DA ÁGUIA
Índice medido pelo Conference Board sobe para 115,5 pontos em maio; gastos da população também têm alta
Cresce confiança do consumidor nos EUA
DA REDAÇÃO
A confiança da população norte-americana na economia do
país voltou a surpreender os analistas e subiu para 115,5 pontos em maio, segundo dados divulgados
ontem pelo Conference Board.
Em abril, o indicador ficou em
109,9 pontos (dado revisado).
Especialistas esperavam que o
índice ficasse em 112 pontos.
Desde o final do ano passado,
com os temores de que a economia americana poderia entrar em
uma recessão, o indicador tem
acumulado quedas, após seu pico
de alta em 30 anos, de 140 pontos,
em setembro de 2000.
Entre os motivos apontados para o fortalecimento da confiança,
estão a aprovação do corte de impostos de US$ 1,35 trilhão, as reduções dos juros, de 6,5% para
4%, promovidas pelos Fed (o BC
dos EUA) este ano e o melhor desempenho dos preços das ações
nas Bolsas de Valores neste mês.
Para o cálculo do índice, é realizada uma pesquisa em 5.000 lares
americanos. O indicador é importante porque acompanha o comportamento do consumidor e o
consumo é responsável por dois
terços da economia dos EUA.
"É uma surpresa", disse Sherry
Cooper, economista-chefe do
Harris Bank. "Eu acho que não é
possível conter o ânimo do consumidor norte-americano."
Outro relatório, divulgado pelo
Departamento do Comércio, confirmou a avaliação ao mostrar que
a população continuou a gastar
em abril, embora em um ritmo
menos acelerado do que o dos últimos anos. Os gastos pessoais
cresceram 0,4% no mês passado.
No período, a renda pessoal do
norte-americano cresceu 0,3%.
Como os gastos cresceram mais
do que a renda, a taxa de poupança caiu para - 0,7%, após um resultado, também negativo, de
0,6% em março. A taxa negativa
de poupança sugere que os consumidores continuam a contrair
empréstimos ou a fazer financiamentos para suas compras.
Os gastos dos consumidores,
assim como as vendas de casas
novas, são dois indicadores que
têm se mantido fortes, apesar da
desaceleração verificada na economia do país, que já depreciou
os lucros das empresas, reduziu
os investimentos em negócios e os
preços das ações nas Bolsas.
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