São Paulo, quarta-feira, 30 de maio de 2001

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O VÔO DA ÁGUIA

Índice medido pelo Conference Board sobe para 115,5 pontos em maio; gastos da população também têm alta

Cresce confiança do consumidor nos EUA

DA REDAÇÃO

A confiança da população norte-americana na economia do país voltou a surpreender os analistas e subiu para 115,5 pontos em maio, segundo dados divulgados ontem pelo Conference Board. Em abril, o indicador ficou em 109,9 pontos (dado revisado).
Especialistas esperavam que o índice ficasse em 112 pontos.
Desde o final do ano passado, com os temores de que a economia americana poderia entrar em uma recessão, o indicador tem acumulado quedas, após seu pico de alta em 30 anos, de 140 pontos, em setembro de 2000.
Entre os motivos apontados para o fortalecimento da confiança, estão a aprovação do corte de impostos de US$ 1,35 trilhão, as reduções dos juros, de 6,5% para 4%, promovidas pelos Fed (o BC dos EUA) este ano e o melhor desempenho dos preços das ações nas Bolsas de Valores neste mês.
Para o cálculo do índice, é realizada uma pesquisa em 5.000 lares americanos. O indicador é importante porque acompanha o comportamento do consumidor e o consumo é responsável por dois terços da economia dos EUA.
"É uma surpresa", disse Sherry Cooper, economista-chefe do Harris Bank. "Eu acho que não é possível conter o ânimo do consumidor norte-americano."
Outro relatório, divulgado pelo Departamento do Comércio, confirmou a avaliação ao mostrar que a população continuou a gastar em abril, embora em um ritmo menos acelerado do que o dos últimos anos. Os gastos pessoais cresceram 0,4% no mês passado.
No período, a renda pessoal do norte-americano cresceu 0,3%.
Como os gastos cresceram mais do que a renda, a taxa de poupança caiu para - 0,7%, após um resultado, também negativo, de 0,6% em março. A taxa negativa de poupança sugere que os consumidores continuam a contrair empréstimos ou a fazer financiamentos para suas compras.
Os gastos dos consumidores, assim como as vendas de casas novas, são dois indicadores que têm se mantido fortes, apesar da desaceleração verificada na economia do país, que já depreciou os lucros das empresas, reduziu os investimentos em negócios e os preços das ações nas Bolsas.


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