São Paulo, terça-feira, 30 de maio de 2006

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Oscilações do dólar não apressarão o pacote de reforma cambial, diz BC

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ontem no Rio que as oscilações recentes do dólar não vão influenciar a discussão a respeito do projeto de reforma cambial, ainda sem data a ser enviado ao Congresso. "Esse é um movimento de longo prazo, de modernização, e que não tem como objetivo reagir a fatores conjunturais. Os trabalhos vão continuar normalmente. (...) O que falta discutir agora exige envolvimento de ordem legislativa e precisa ser feito com mais cuidado e tempo para adequar a legislação cambial brasileira a uma nova realidade." Ao fazer sua palestra no seminário "Novas Multinacionais Brasileiras", promovido pela FGV, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio, Meirelles classificou como "atípica" a semana passada, em que houve grande volatilidade dos mercados com valorização do dólar e queda das Bolsas. A Folha apurou que a Fazenda não tem pressa para anunciar as medidas cambiais. A avaliação é que as mudanças não podem ser adotadas "açodadamente". Na semana passada, o economista e ex-diretor do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) Júlio Sérgio Gomes de Almeida foi nomeado secretário de Política Econômica. Crítico da política do BC, Gomes de Almeida participará das discussões sobre as mudanças na legislação. Antes de assumir o posto na Fazenda, ele afirmara que era necessário adotar medidas mais eficazes que as intervenções do BC no câmbio.


Colaborou a SUCURSAL DE BRASÍLIA

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