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Para Lula, empresários não têm mais medo da esquerda
Presidente vê "bom momento" na economia da AL
ENVIADA ESPECIAL A SAN SALVADOR
Em El Salvador para uma rápida visita focada em temas comerciais, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva usou a crise
financeira nos EUA para tentar
convencer os países centro-americanos da necessidade de
os latinos se integrarem mais.
Ao pregar o aumento no volume de negócios, Lula ressaltou
o "bom momento" que a região
vive e citou especificamente o
fim de dogmas antigos ao dizer
que hoje "os empresários não
têm mais medo das esquerdas e
as esquerdas já não têm mais
medo dos empresários".
O presidente se referiu às
conseqüências da crise americana como "um segredo de Estado", mas reconheceu que, se a
recessão atingir os Estados
Unidos, a economia mundial
sofrerá um abalo.
"Neste mundo globalizado,
ou nós procuramos consolidar
outras parcerias entre nós, novos nichos de mercado entre
nós, novas parcerias empresariais entre nós, ou nós corremos o risco de fazer com que
essa crise resulte em prejuízo
para quem não teve coragem de
procurar novas parcerias nestes últimos anos", afirmou,
num discurso que se estendeu
por 38 minutos, voltado a uma
platéia de empresários e autoridades de governos da região.
Lula se referiu à relação do
Brasil com os países do Sica
(bloco que reúne oito países
centro-americanos) como "um
casamento que tem tudo para
dar certo". O Brasil tem interesse na América Central por
conta do acesso privilegiado
dos países dessa região ao mercado dos EUA. Já há presença
brasileira em El Salvador na
área de álcool e no setor têxtil.
O Brasil esperava que El Salvador tivesse aprovado a mistura de 10% de álcool à gasolina
no mercado interno. Mas o assunto segue pendente de aprovação do Congresso do país.
(LETÍCIA SANDER)
A jornalista LETÍCIA SANDER viajou
do Haiti a El Salvador a convite da FAB
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