DA REDAÇÃO

O petróleo caiu ontem abaixo de US$ 58 depois que dados do governo americano mostraram que houve um aumento inesperado nas reservas de produto bruto do país. O preço do combustível já caiu 6% desde segunda-feira.
Na Bolsa de Nova York, o petróleo do tipo West Texas fechou cotado a US$ 57,26, queda de US$ 0,94 em relação ao dia anterior. Já o barril do tipo Brent, negociado em Londres, fechou com cotação de US$ 56,15, queda de 1,8%.
Os estoques americanos de petróleo subiram em 1,1 milhão de barris na semana passada, segundo dados do Departamento de Energia dos Estados Unidos divulgados ontem.
As refinarias aumentaram a produção em 1,5% e operam a 96,3% de capacidade, o que ajudou a elevar os estoques de gasolina, que ficaram 300 mil barris maiores, e os de outros destilados (diesel e óleo para calefação), que registraram alta de 1,7 milhão de barris.
Segundo analistas, os dados divulgados ontem serviram para acalmar os mercados com relação à oferta no curto prazo, mas a queda no preço do petróleo não foi maior porque a demanda por combustíveis não dá sinais de desaceleração, mesmo com os preços altos.
Nas últimas quatro semanas, a demanda por gasolina ficou 2% acima dos níveis de um ano atrás, enquanto a demanda por outros destilados aumentou quase 6%, devido ao aumento do consumo de diesel pelo setor de transportes rodoviários nos Estados Unidos.
O preço do petróleo já subiu cerca de 33% desde o começo deste ano, devido principalmente ao temor de que as refinarias existentes não terão capacidade suficiente para atender à demanda por combustíveis no quarto trimestre, quando começa o inverno no hemisfério Norte e aumenta o consumo de combustível para aquecimento.
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) deve aprovar um novo aumento no teto de produção de seus países-membros nesta semana.


Texto Anterior: Crise nos Andes: Governo boliviano fará devassa em empresas
Próximo Texto: Compra da Unocal pela Chevron é aprovada nos EUA
Índice