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ECONOMIA GLOBAL
Aumento de taxas de juros e déficit em conta corrente dos EUA são ameaças, diz relatório da organização
ONU prevê crescimento mundial de 3,25%
DA REDAÇÃO
O aumento das taxas de juros e
o crescimento do déficit em conta
corrente dos Estados Unidos são
ameaças à expansão econômica
mundial, disseram ontem economistas da ONU (Organização das
Nações Unidas).
O crescimento econômico global deve se desacelerar neste ano e
ficar em torno de 3,25%, ante
4,1% no ano passado, segundo relatório divulgado ontem pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU.
A desaceleração deve acontecer
principalmente nos países desenvolvidos, enquanto as nações em
desenvolvimento deverão ter expansão mais forte devido à alta
dos preços do petróleo e de outras
commodities.
Nos países desenvolvidos em
que os bancos centrais estão aumentando os juros para conter a
inflação, a desaceleração deve ser
ainda maior, segundo o relatório.
Os países em desenvolvimento
devem crescer 5% neste ano, enquanto os EUA devem se expandir à taxa de 3% em 2005. Na Europa Ocidental, o crescimento deve se desacelerar ainda mais, ficando em 2% em média, de acordo com as previsões da ONU.
Ainda segundo o relatório, o déficit em conta corrente dos EUA,
que chegou a US$ 195 bilhões no
primeiro trimestre, pode levar a
choques econômicos mundiais se
os investidores perderem seu apetite por ativos em dólar.
A ONU alerta também que a
queda da moeda norte-americana
não é suficiente para controlar o
crescimento do déficit.
PIB dos EUA
Fortes investimentos em construção de novas casas e crescimento nas exportações fizeram
com que a variação do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados
Unidos fosse revisada para 3,8%
no primeiro trimestre.
A terceira revisão do dado, divulgada ontem pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos, ficou acima das projeções do
mercado, que esperava expansão
de 3,7%. O crescimento antes da
revisão estava em 3,5%.
A taxa trimestral de crescimento do PIB norte-americano é
anualizada, o que significa que, se
os três próximos trimestres repetissem a performance do trimestre atual, esse seria o crescimento
ao final do ano.
O resultado da revisão do PIB
reforça a expectativa de que hoje o
Fed (Federal Reserve, o banco
central americano) vá aumentar
em mais 0,25 ponto percentual a
taxa básica de juros, hoje em 3%.
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