São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 2005

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ECONOMIA GLOBAL

Aumento de taxas de juros e déficit em conta corrente dos EUA são ameaças, diz relatório da organização

ONU prevê crescimento mundial de 3,25%

DA REDAÇÃO

O aumento das taxas de juros e o crescimento do déficit em conta corrente dos Estados Unidos são ameaças à expansão econômica mundial, disseram ontem economistas da ONU (Organização das Nações Unidas).
O crescimento econômico global deve se desacelerar neste ano e ficar em torno de 3,25%, ante 4,1% no ano passado, segundo relatório divulgado ontem pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU.
A desaceleração deve acontecer principalmente nos países desenvolvidos, enquanto as nações em desenvolvimento deverão ter expansão mais forte devido à alta dos preços do petróleo e de outras commodities.
Nos países desenvolvidos em que os bancos centrais estão aumentando os juros para conter a inflação, a desaceleração deve ser ainda maior, segundo o relatório.
Os países em desenvolvimento devem crescer 5% neste ano, enquanto os EUA devem se expandir à taxa de 3% em 2005. Na Europa Ocidental, o crescimento deve se desacelerar ainda mais, ficando em 2% em média, de acordo com as previsões da ONU.
Ainda segundo o relatório, o déficit em conta corrente dos EUA, que chegou a US$ 195 bilhões no primeiro trimestre, pode levar a choques econômicos mundiais se os investidores perderem seu apetite por ativos em dólar.
A ONU alerta também que a queda da moeda norte-americana não é suficiente para controlar o crescimento do déficit.

PIB dos EUA
Fortes investimentos em construção de novas casas e crescimento nas exportações fizeram com que a variação do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos fosse revisada para 3,8% no primeiro trimestre.
A terceira revisão do dado, divulgada ontem pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos, ficou acima das projeções do mercado, que esperava expansão de 3,7%. O crescimento antes da revisão estava em 3,5%.
A taxa trimestral de crescimento do PIB norte-americano é anualizada, o que significa que, se os três próximos trimestres repetissem a performance do trimestre atual, esse seria o crescimento ao final do ano.
O resultado da revisão do PIB reforça a expectativa de que hoje o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) vá aumentar em mais 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros, hoje em 3%.


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