São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 2005

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PECUÁRIA

Venda do produto industrializado havia sido suspensa pelo próprio governo em maio para corrigir problemas de inspeção

Brasil volta a exportar carne para os EUA

DA REDAÇÃO

O Brasil voltou, desde ontem, a exportar carne industrializada para os Estados Unidos, informou o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gabriel Alves Maciel.
A suspensão havia sido tomada em maio pelo Dipoa (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal), órgão da Secretaria de Defesa, e tinha sido sido uma resposta aos problemas de inspeção sanitária levantados pela missão norte-americana, que esteve no país em março e abril, para avaliar esse sistema.
A suspensão abrangeu todos os 28 estabelecimentos que estavam autorizados a exportar carnes industrializadas para o mercado norte-americano.
Agora, de acordo com Nelmon Oliveira da Costa, do Dipoa, seis frigoríficos foram autorizados a voltar a exportar para os Estados Unidos e três laboratórios (dois credenciados e um oficial) voltam também a fazer análises dos produtos destinados a exportação dos frigoríficos.
O Mapa decidiu retomar as exportações de carne bovina industrializada para os Estados Unidos depois de feitas as adequações no serviço de inspeção e nas operações dos frigoríficos", explicou o diretor do Dipoa. De acordo com Costa, os técnicos americanos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos realizaram uma auditoria nessas plantas no período de 2 a 27 deste mês e constataram que os ajustes foram integralmente realizados.
Dados do Ministério da Agricultura mostram que as vendas de carne de gado industrializada para os Estados Unidos renderam ao Brasil US$ 197 milhões no ano passado.

Por que a suspensão
Para o mercado, a auto-suspensão das exportações feita pelo Mapa teve duas explicações.
Primeiro: se tivessem sido os norte-americanos a suspender as importações, as exportações brasileiras não voltariam antes de um ano. Pior ainda: os EUA poderiam ser seguidos por outros países.
Segundo: com a auto-suspensão, o governo admitiu que a fiscalização tinha problemas -e os corrigiu. O próprio fato de o Mapa suspender todos os frigoríficos ao mesmo tempo indicou que o problema estava no sistema de inspeção do governo, e não na indústria, disse um analista.


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