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Capacidade de país se financiar recua à metade
DA SUCURSAL DO RIO
A capacidade de financiamento da economia brasileira caiu de R$ 7,2 bilhões no
primeiro trimestre de 2005
para R$ 3,6 bilhões nos três
primeiros meses de 2006.
Contribuíram para essa
redução o menor saldo comercial do país no início deste ano e o aumento das remessas de lucros e dividendos de empresas para suas
matrizes no exterior.
Ter capacidade de financiamento significa que o país
possui recursos para pagar
suas contas com o exterior e
ainda sobra dinheiro para
aplicar lá fora.
Até 2002, o Brasil tinha
necessidade de se financiar
com o resto do mundo. A situação mudou a partir de então com o crescimento do
saldo entre exportações e
importações -que, agora,
começa a se reverter.
Do primeiro trimestre de
2005 para o primeiro trimestre de 2006, o saldo comercial teve queda de R$ 2,2 bilhões -de R$ 18,2 bilhões para R$ 16 bilhões.
Já o saldo das remessas de
lucros e dividendos (exclui o
que o país recebe do exterior) de empresas para suas
matrizes no exterior cresceu
R$ 1,7 bilhão.
Segundo Adriana Beringuy, técnica da coordenação
de Contas Nacionais do IBGE, o crescimento das remessas ao exterior foi provocado pela maior lucratividade das companhias.
Um dado novo revelado
pelas Contas Nacionais é o
crescimento do investimento de brasileiros na compra
de empresas ou participações no exterior.
O Investimento Brasileiro
Direto das companhias no
exterior aumentou de R$ 2,5
bilhões no primeiro trimestre de 2005 para R$ 5,8 bilhões nos três primeiros meses deste ano.
De acordo com Beringuy,
os números relevam o processo de internacionalização
das companhias brasileiras.
Já o Investimento Estrangeiro Direto, que contabiliza
o ingresso de recursos de firmas do exterior no capital de
companhias brasileiras, baixou de R$ 9,2 bilhões para
R$ 8,7 bilhões.
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