São Paulo, sexta-feira, 30 de junho de 2006

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Capacidade de país se financiar recua à metade

DA SUCURSAL DO RIO

A capacidade de financiamento da economia brasileira caiu de R$ 7,2 bilhões no primeiro trimestre de 2005 para R$ 3,6 bilhões nos três primeiros meses de 2006.
Contribuíram para essa redução o menor saldo comercial do país no início deste ano e o aumento das remessas de lucros e dividendos de empresas para suas matrizes no exterior.
Ter capacidade de financiamento significa que o país possui recursos para pagar suas contas com o exterior e ainda sobra dinheiro para aplicar lá fora.
Até 2002, o Brasil tinha necessidade de se financiar com o resto do mundo. A situação mudou a partir de então com o crescimento do saldo entre exportações e importações -que, agora, começa a se reverter.
Do primeiro trimestre de 2005 para o primeiro trimestre de 2006, o saldo comercial teve queda de R$ 2,2 bilhões -de R$ 18,2 bilhões para R$ 16 bilhões.
Já o saldo das remessas de lucros e dividendos (exclui o que o país recebe do exterior) de empresas para suas matrizes no exterior cresceu R$ 1,7 bilhão.
Segundo Adriana Beringuy, técnica da coordenação de Contas Nacionais do IBGE, o crescimento das remessas ao exterior foi provocado pela maior lucratividade das companhias.
Um dado novo revelado pelas Contas Nacionais é o crescimento do investimento de brasileiros na compra de empresas ou participações no exterior.
O Investimento Brasileiro Direto das companhias no exterior aumentou de R$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre de 2005 para R$ 5,8 bilhões nos três primeiros meses deste ano.
De acordo com Beringuy, os números relevam o processo de internacionalização das companhias brasileiras.
Já o Investimento Estrangeiro Direto, que contabiliza o ingresso de recursos de firmas do exterior no capital de companhias brasileiras, baixou de R$ 9,2 bilhões para R$ 8,7 bilhões.


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