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Carga fiscal cai, mas continua em nível alto
MARCOS CÉZARI
DA REPORTAGEM LOCAL
A carga tributária brasileira
registrou pequena redução no
primeiro trimestre deste ano
em relação ao mesmo período
do ano passado, mas ainda continua em patamar elevado.
Segundo estudo divulgado
ontem pelo IBPT (Instituto
Brasileiro de Planejamento
Tributário), a carga tributária
ficou em 40,69% do PIB (Produto Interno Bruto). A carga
tributária é a soma dos tributos
federais, estaduais e municipais pagos por todos os contribuintes no país.
O IBPT calculou que foram
pagos R$ 194,87 bilhões em tributos no primeiro trimestre,
para um PIB de R$ 478,9 bilhões no período, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
A carga tributária caiu 0,54
ponto percentual no primeiro
trimestre em relação ao recorde de 41,23 pontos registrado
no mesmo período do ano passado -para um PIB de R$
438,22 bilhões, a arrecadação
somou R$ 180,67 bilhões.
Para o presidente do IBPT,
Gilberto Luiz do Amaral, a elevada carga tributária continua
sendo um entrave ao crescimento econômico do país.
"Apesar de apresentar leve
queda em relação ao primeiro
trimestre de 2005, o índice de
arrecadação da União, dos Estados e dos municípios continua com muita substância."
Amaral lembra que é no primeiro trimestre de cada ano
que a carga tributária alcança o
maior nível. Dois fatores contribuem para isso: a baixa atividade econômica (que reduz o
valor do PIB em reais) e a concentração do vencimento de alguns tributos, como o IR das
empresas, o IPTU (sobre imóveis) e o IPVA (sobre veículos).
Pelos cálculos do IBPT, a carga fiscal média diária bateu novo recorde, com R$ 2,165 bilhões em cada um dos primeiros 90 dias do ano. Por hora, ela
está em R$ 90,219 milhões; por
minuto, em R$ 1,504 milhão; e
por segundo, em R$ 25,06 mil.
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