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Petrobras diz não haver razão para aumento
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O diretor da área de gás e
energia da Petrobras, Ildo
Sauer, disse desconhecer o
pleito da Bolívia de aumentar o preço do gás para US$ 8
o milhão de BTU. "Uma coisa
é pedir [um aumento]. A outra é poder alterar o preço
definido em contrato", disse
Sauer, acrescentando que a
decisão de mudar o preço de
referência do gás não pode
ser unilateral.
Nesta semana, a Petrobras
anunciou aumento de 10%
no preço do gás de acordo
com o contrato, que prevê
reajuste trimestral. A estatal
importa cerca de 26 milhões
de metros cúbicos de gás por
dia da Bolívia. Até 16 milhões
de metros cúbicos/dia, paga
US$ 3,43 por milhão de BTU.
O valor é de US$ 4,21 por milhão de BTU acima desse volume. Com reajuste de 10%,
os preços chegariam a US$
3,77 e US$ 4,63 por milhão
de BTU. O transporte acresce US$ 1,7 a esses valores.
Segundo Sauer, "depois de
muito tempo", a estatal boliviana YPFB enviou na semana passada uma notificação à
Petrobras informando que
deseja negociar um aumento
no preço de referência do gás
definido no contrato de fornecimento, válido até 2019.
Ontem, a Bolívia formalizou, em La Paz, o pedido para
subir o preço do gás vendido
ao Brasil. Sauer afirmou, porém, que a Petrobras continua rejeitando um reajuste
fora dos padrões do contrato.
"Não vejo nem margem nem
razão para aumentar."
Se as partes não chegarem
a um acordo após 45 dias, o
contrato de fornecimento do
gás estabelece a arbitragem
da Justiça de Nova York.
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