São Paulo, sábado, 30 de junho de 2007

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No 1º semestre, Bolsa bate todas as aplicações

Com juro menor, renda fixa rendeu em média 6%

TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa foi de longe a melhor aplicação no primeiro semestre. Quem investiu em fundos referenciados no Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, teve um rendimento bruto de 22,3% de janeiro até ontem. Em todo o ano passado, o mesmo índice subiu 32,9%.
Com a baixa dos juros, todos os investimentos em renda fixa tiveram rendimento inferiores à renda variável. Os CDBs, papéis emitidos pelos bancos, renderam 6,13% no semestre. Quem aplicou nos fundos DI, que investem em papéis da dívida publica pós-fixadas, acumularam uma valorização de 6,06% de janeiro a junho. Os fundos de renda fixa, que priorizam os papéis prefixados e mantêm juro maior que os pós-fixados, somaram um ganho de 6,06% até o dia 27.
A caderneta de poupança teve retorno líquido de 3,94%.
Diante da valorização das ações, a maioria dos analistas afirma que dificilmente a Bolsa repetirá o mesmo desempenho no segundo semestre. "Não deve repetir, mas a Bolsa vai continuar bastante procurada no segundo semestre com a tendência de queda de juros. O mercado externo pode levar a Bolsa a ficar três ou quatro dias negativa e assustar o pequeno investidor, que entra agora no mercado", disse Adilson Goes, da Corretora LevyCam.
"Para repetir mais 20% teria de vir um fato novo que possa dar euforia de curto prazo. E isso não vai ocorrer em uma única vez, mas após ciclos de correção [baixa]", disse Fausto Gouveia, da Corretora Alpes.
No campo oposto, o dólar comercial perdeu 9,73% no semestre. O ouro recuou 2,3% de seu valor no período.

Último dia do semestre
No último dia do semestre, as Bolsas chegaram a subir pela manhã com a divulgação do PCE (índice de gastos pessoais, na sigla em inglês), abaixo do esperado. O movimento não se sustentou nos EUA e a Bolsa de Nova York teve baixa de 0,1%. A Bovespa manteve o ritmo e encerrou com alta de 0,45%.
O mercado de câmbio encerrou o semestre com o dólar a R$ 1,929, com baixa de 0,17%. O destaque ficou por conta da fraca atuação dos operadores do mercado futuro nos negócios à vista, como acontece normalmente no último dia de negócios do mês. A taxa Ptax, média do BC utilizada para liquidar os contratos na BM&F, ficou em R$ 1,9262, com variação de 0,14%. "Após uma semana difícil com a espera pelo Fed, tivemos um fim de mês tranqüilo em relação aos outros. Errou quem esperava o câmbio a R$ 1,80 no final do semestre. Até o final do ano, deve ficar mais para R$ 1,90", disse Adilson Goes.


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