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No 1º semestre, Bolsa bate todas as aplicações
Com juro menor, renda fixa rendeu em média 6%
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa foi de longe a melhor
aplicação no primeiro semestre. Quem investiu em fundos
referenciados no Ibovespa,
principal índice da Bolsa brasileira, teve um rendimento bruto de 22,3% de janeiro até ontem. Em todo o ano passado, o
mesmo índice subiu 32,9%.
Com a baixa dos juros, todos
os investimentos em renda fixa
tiveram rendimento inferiores
à renda variável. Os CDBs, papéis emitidos pelos bancos,
renderam 6,13% no semestre.
Quem aplicou nos fundos DI,
que investem em papéis da dívida publica pós-fixadas, acumularam uma valorização de
6,06% de janeiro a junho. Os
fundos de renda fixa, que priorizam os papéis prefixados e
mantêm juro maior que os pós-fixados, somaram um ganho de
6,06% até o dia 27.
A caderneta de poupança teve retorno líquido de 3,94%.
Diante da valorização das
ações, a maioria dos analistas
afirma que dificilmente a Bolsa
repetirá o mesmo desempenho
no segundo semestre. "Não deve repetir, mas a Bolsa vai continuar bastante procurada no
segundo semestre com a tendência de queda de juros. O
mercado externo pode levar a
Bolsa a ficar três ou quatro dias
negativa e assustar o pequeno
investidor, que entra agora no
mercado", disse Adilson Goes,
da Corretora LevyCam.
"Para repetir mais 20% teria
de vir um fato novo que possa
dar euforia de curto prazo. E isso não vai ocorrer em uma única vez, mas após ciclos de correção [baixa]", disse Fausto Gouveia, da Corretora Alpes.
No campo oposto, o dólar comercial perdeu 9,73% no semestre. O ouro recuou 2,3% de
seu valor no período.
Último dia do semestre
No último dia do semestre, as
Bolsas chegaram a subir pela
manhã com a divulgação do
PCE (índice de gastos pessoais,
na sigla em inglês), abaixo do
esperado. O movimento não se
sustentou nos EUA e a Bolsa de
Nova York teve baixa de 0,1%. A
Bovespa manteve o ritmo e encerrou com alta de 0,45%.
O mercado de câmbio encerrou o semestre com o dólar a R$
1,929, com baixa de 0,17%. O
destaque ficou por conta da fraca atuação dos operadores do
mercado futuro nos negócios à
vista, como acontece normalmente no último dia de negócios do mês. A taxa Ptax, média
do BC utilizada para liquidar os
contratos na BM&F, ficou em
R$ 1,9262, com variação de
0,14%. "Após uma semana difícil com a espera pelo Fed, tivemos um fim de mês tranqüilo
em relação aos outros. Errou
quem esperava o câmbio a R$
1,80 no final do semestre. Até o
final do ano, deve ficar mais para R$ 1,90", disse Adilson Goes.
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