São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 2008

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Empresário compara crise a drama do vício

DA REPORTAGEM LOCAL

A crise na oferta de gás natural trouxe para as rodas industriais uma história provocadora contra a Petrobras. O enredo se baseia no drama do vício das drogas. Em encontros reservados, representantes da indústria têm afirmado terem sido vítimas de uma sedução que se assemelha à usada pelo tráfico.
O desenvolvimento do mercado de gás natural começou depois que a Petrobras adotou um programa maciço de estímulo ao consumo. Na ocasião (segunda metade da década de 90), o Brasil dispunha de um contrato para importação de até 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia da Bolívia. Em 1996, o consumo total do Brasil era de 9,6 milhões. O volume até então sobrava, mas o país era obrigado a pagar o volume total ao governo boliviano devido ao modelo de contrato.
A estratégia foi estimular as conversões de fornos e caldeiras de óleo combustível ou GLP para gás natural. A vantagem? Um insumo de maior apelo ambiental e preço mais competitivo. Deu certo. A indústria agora não tem como fugir do "vício". (AB)

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