São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 2008

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Petrobras promete gás liquefeito em outubro

DA REPORTAGEM LOCAL

A Petrobras promete entregar em outubro o terminal de GNL (gás natural liquefeito) da baía da Guanabara (RJ). O projeto estava previsto para entrar em operação apenas em meados de 2009, mas foi antecipado. A estatal repassou a informação em resposta ao questionamento da Folha sobre a capacidade da empresa em cumprir os prazos do Plangás. Até agora, apenas o terminal de GNL de Pecém (CE) estava programado para 2008. Ele entra em operação em agosto, segundo previsão da estatal.
Com a antecipação da operação no Rio, a estatal poderá injetar na região Sudeste mais 14 milhões de metros cúbicos de gás por dia. O terminal de GNL será uma estação de regaseificação de gás natural obtido no mercado internacional. O volume prometido para outubro faz com que a Petrobras reafirme a promessa de que a região Sudeste do país terá 40 milhões de metros cúbicos de gás por dia até o fim do ano.
A estatal afirmou que não pretende rever os cronogramas de implantação de projetos no Sudeste, embora admita dificuldades na contratação de equipamentos dada a demanda mundial. Campos como o de Lagosta (bacia de Santos), Canapu e Camarupim (bacia do Espírito Santo) estão entre os projetos mantidos para 2008.
Juntos, esses campos darão ao Sudeste cerca de 10 milhões de m3/dia de gás natural. Em campos de gás e petróleo, como Jabuti, Marlim Sul (P-51) e Marlim Leste (P-53), a previsão é que a primeira produção ocorra no início de 2009.
A Petrobras não detalha para quais mercados pretende oferecer a expansão de oferta de gás. Afirma que o destino será definido "de acordo com os compromissos contratuais firmados com seus diversos clientes". A estatal tem, desde maio do ano passado, um compromisso com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em que é obrigada a garantir o suprimento para as unidades de geração térmica. O objetivo é evitar um apagão elétrico no país. Esse compromisso, no entanto, tira do mercado industrial a maior parte do gás que poderia ser usado no desenvolvimento da indústria gasoquímica (cadeia do plástico) ou na produção de fertilizantes, um insumo agrícola do qual o país tem forte dependência externa.

Mexilhão
A empresa informou que mantém a previsão de exploração e produção do campo de Mexilhão, o maior em gás na bacia de Santos, em 2009. A capacidade esperada é de cerca de 9 milhões de m3/ dia. O resultado dos poços perfurados até o momento tem sido animador, diz a Petrobras. (AB)


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