São Paulo, sexta-feira, 30 de julho de 2004

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Faturamento do comércio aumenta 6,3%; consumo se mantém em julho

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O faturamento do comércio da região metropolitana de São Paulo subiu 6,34%, em média, no primeiro semestre deste ano sobre igual período de 2003, segundo levantamento da Fecomercio SP.
As lojas de eletrodomésticos, tecidos, roupas e calçados foram as que registraram maior expansão de vendas no período, de 16,9% e de 15,7%, respectivamente. Lojas de departamentos, de cine, foto e som, de autopeças e de materiais de construção, além de farmácias e perfumarias, constataram queda na receita.
O faturamento médio real do comércio subiu no primeiro semestre, na análise de economistas da federação, porque a oferta de crédito aumentou, os juros diminuíram, os prazos de financiamento esticaram, e o emprego e a renda reagiram em alguns setores industriais (o salário real médio do empregado da indústria paulista subiu 7,4% de janeiro a junho deste ano sobre igual período do ano passado). "As obras da Prefeitura de São Paulo também injetaram recursos na região", afirma Antonio Carlos Borges, diretor-executivo da federação.
Em junho, o crescimento no faturamento real do comércio foi de 12,68% em relação a igual mês do ano passado. Com exceção de farmácias e perfumarias e autopeças, os outros oito setores registraram aumento nas vendas em junho.
Pela primeira vez, desde julho do ano passado, as lojas de material de construção constataram aumento nas vendas sobre igual mês do ano anterior -em junho, o crescimento foi de 7,5% sobre igual mês do ano passado.
A expansão das vendas no comércio ainda não é suficiente, na análise de Borges, para afirmar que o crescimento do consumo é sustentado a partir de agora. "É preciso esperar pelo menos até o final do ano para ter essa certeza."
A Fecomercio estima que o ritmo de vendas se manteve neste mês, o que significa que o faturamento médio real das lojas deve crescer ao redor de 6% de janeiro a julho deste ano sobre igual período do ano passado. Para o ano, a federação estima um crescimento de 4% a 5% sobre 2003. Até o mês passado previa 3% de alta.
O aumento no faturamento do comércio deve perder força a partir dos próximos meses em relação a 2003, diz Borges, porque no segundo semestre do ano passado as vendas estavam em ritmo mais alto do que no primeiro semestre.
Algumas redes de lojas, no entanto, informam que, em julho, estão no mínimo mantendo o ritmo de crescimento de vendas sobre o ano passado. O Magazine Luiza informa que faturou em julho 25% mais do que em igual mês do ano passado, considerando o mesmo número de lojas. No primeiro semestre, o aumento na receita foi de 16% sobre 2003.
A Lojas Cem informa que o incremento de 20% nas vendas no primeiro semestre em relação a igual período de 2003 está mantido neste mês. "O consumidor está com mais confiança para gastar", diz Valdemir Colleoni, diretor.
O que puxou o faturamento em julho, segundo Frederico Trajano, diretor do Magazine Luiza, foram os produtos considerados sazonais, como roupas de cama, mesa e banho, aquecedores e lavadoras.


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