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Faturamento do comércio aumenta 6,3%; consumo se mantém em julho
FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
O faturamento do comércio da
região metropolitana de São Paulo subiu 6,34%, em média, no primeiro semestre deste ano sobre
igual período de 2003, segundo levantamento da Fecomercio SP.
As lojas de eletrodomésticos, tecidos, roupas e calçados foram as
que registraram maior expansão
de vendas no período, de 16,9% e
de 15,7%, respectivamente. Lojas
de departamentos, de cine, foto e
som, de autopeças e de materiais
de construção, além de farmácias
e perfumarias, constataram queda na receita.
O faturamento médio real do
comércio subiu no primeiro semestre, na análise de economistas
da federação, porque a oferta de
crédito aumentou, os juros diminuíram, os prazos de financiamento esticaram, e o emprego e a
renda reagiram em alguns setores
industriais (o salário real médio
do empregado da indústria paulista subiu 7,4% de janeiro a junho
deste ano sobre igual período do
ano passado). "As obras da Prefeitura de São Paulo também injetaram recursos na região", afirma
Antonio Carlos Borges, diretor-executivo da federação.
Em junho, o crescimento no faturamento real do comércio foi de
12,68% em relação a igual mês do
ano passado. Com exceção de farmácias e perfumarias e autopeças,
os outros oito setores registraram
aumento nas vendas em junho.
Pela primeira vez, desde julho
do ano passado, as lojas de material de construção constataram
aumento nas vendas sobre igual
mês do ano anterior -em junho,
o crescimento foi de 7,5% sobre
igual mês do ano passado.
A expansão das vendas no comércio ainda não é suficiente, na
análise de Borges, para afirmar
que o crescimento do consumo é
sustentado a partir de agora. "É
preciso esperar pelo menos até o
final do ano para ter essa certeza."
A Fecomercio estima que o ritmo de vendas se manteve neste
mês, o que significa que o faturamento médio real das lojas deve
crescer ao redor de 6% de janeiro
a julho deste ano sobre igual período do ano passado. Para o ano,
a federação estima um crescimento de 4% a 5% sobre 2003. Até o
mês passado previa 3% de alta.
O aumento no faturamento do
comércio deve perder força a partir dos próximos meses em relação a 2003, diz Borges, porque no
segundo semestre do ano passado
as vendas estavam em ritmo mais
alto do que no primeiro semestre.
Algumas redes de lojas, no entanto, informam que, em julho,
estão no mínimo mantendo o ritmo de crescimento de vendas sobre o ano passado. O Magazine
Luiza informa que faturou em julho 25% mais do que em igual
mês do ano passado, considerando o mesmo número de lojas. No
primeiro semestre, o aumento na
receita foi de 16% sobre 2003.
A Lojas Cem informa que o incremento de 20% nas vendas no
primeiro semestre em relação a
igual período de 2003 está mantido neste mês. "O consumidor está
com mais confiança para gastar",
diz Valdemir Colleoni, diretor.
O que puxou o faturamento em
julho, segundo Frederico Trajano,
diretor do Magazine Luiza, foram
os produtos considerados sazonais, como roupas de cama, mesa
e banho, aquecedores e lavadoras.
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