|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEMÓRIA
Saída de Arida também foi antecipada em 95
DO BANCO DE DADOS
Em 31 de maio de 1995, quase
duas horas antes do anúncio
oficial da substituição de Pérsio
Arida na presidência do Banco
Central, a empresa de consultoria MCM repassou a seus
clientes essa informação. Ela
foi transmitida à empresa por
Gustavo Loyola, que havia sido
indicado para substituir Arida
e era um dos seis sócios da
MCM, comandada na época
pelo ex-ministro da Fazenda
Mailson da Nóbrega.
Poucos antes de as Bolsas encerrarem o expediente, a MCM
informou que Pérsio Arida pedira demissão e Loyola seria o
novo presidente do BC. A informação foi transmitida em
mais de cem aparelhos de telemensagem de assinantes dos
serviços da empresa.
Na lista de clientes da MCM
estavam grandes bancos e empresas do país. A confirmação
oficial da substituição no comando do BC só ocorreria por
volta das 18h.
Em 8 de junho, durante a sabatina da CAE (Comissão de
Assuntos Econômico) do Senado, Loyola começou sua exposição atacando as críticas que
recebeu. Disse que o mercado
brasileiro já não estava operando naquele momento.
O senador Eduardo Suplicy
(PT-SP), porém, lembrou que
o mercado de Nova York, onde
são negociados títulos brasileiros, só fechou às 17h30, hora de
Brasília. "Como o mundo está
globalizado, sempre haverá um
mercado aberto", justificou
Loyola, que responsabilizou os
sócios mais novos e inexperientes pelo caso.
Em tempo recorde, Loyola
foi aprovado pela CAE por 24
votos a 12 e, no mesmo dia, recebeu 45 votos favoráveis no
plenário do Senado.
Texto Anterior: Banco nega informação privilegiada Próximo Texto: Suplicy pede explicações a Azevedo Índice
|