|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ACORDO
Adesão dos aposentados não é definida
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma semana depois do anúncio
oficial do acordo para pagar a dívida de R$ 12,3 bilhões com os
aposentados, o Ministério da Previdência Social ainda não definiu
quando e como os segurados poderão aderir à proposta feita pelo
governo.
Nos últimos dois dias foram
realizadas reuniões inconclusivas
entre técnicos dos ministérios da
Previdência, do Planejamento, da
Fazenda e da Casa Civil, do Banco
do Brasil, da Caixa Econômica Federal, da Dataprev (empresa de
processamento de dados da Previdência) e dos Correios para discutir como funcionará o esquema
de adesão.
A Previdência prevê que serão
poucos os aposentados que conseguirão aderir ao acordo a tempo de ter o benefício corrigido já
em setembro. Isso porque a folha
de pagamento de setembro será
fechada dez dias antes -em 20 de
agosto.
Se, na melhor das hipóteses, os
procedimentos operacionais para
a adesão forem fechados na semana que vem e forem implementados de imediato, os aposentados
terão menos de 15 úteis para assinar o termo de adesão.
Depois do formulário assinado,
os dados dos aposentados ainda
precisarão ser inseridos no sistema informatizado da Previdência
para que seja feito o cálculo da
correção de forma individual.
Para os aposentados com ações
judiciais, a assinatura do acordo
ainda exigirá homologação do
termo pela Justiça.
Convênios
Pela proposta do governo, os
aposentados com benefícios terminados em 1 e 6 devem aderir ao
acordo em agosto para garantir a
correção em até 39,67% no pagamento de setembro -primeiro
mês para reajuste dos benefícios.
De acordo com a Previdência, estão nessa primeira fase de correção 376 mil aposentados.
A medida provisória com as regras do acordo estabelece que o
1,8 milhão de aposentados com
direito à correção terá direito ao
reajuste a partir de agosto deste
ano, independentemente da data
de adesão ao acordo -que vai até
30 de junho de 2005. As diferenças serão pagas retroativamente
aos últimos cinco anos.
A medida provisória estabelece
que a Previdência poderá fechar
convênios com a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e os
Correios para ampliar sua rede de
atendimento aos aposentados e
evitar filas.
Também há a possibilidade de
sindicatos e associações de aposentados integrarem o processo.
Até agora, no entanto, as entidades não participaram das reuniões técnicas.
Duas das principais entidades
que participaram da negociação
do acordo estão contra a medida
provisória. O Sindicato Nacional
dos Aposentados e Pensionistas
da Força Sindical, que apoiava o
acordo até a semana passada, é
contra o texto da medida.
A Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados), que fez
parte das rodadas de negociações,
não apoiou o acordo final e é contrária às regras estabelecidas pela
medida provisória.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Comércio: EUA aplicam taxa de 37% ao camarão brasileiro Índice
|