DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Impulsionado pelo aumento na venda de veículos, o leasing foi a modalidade de financiamento que mais cresceu no primeiro semestre, de acordo com dados do Banco Central. Em junho, o saldo total dessas operações chegou a R$ 45,3 bilhões, crescimento de 51% em seis meses.
Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, há dois anos apenas 18% dos veículos comprados a prazo no Brasil eram financiados por leasing, e hoje essa proporção já chega a 35%. Uma das vantagens do leasing é a ausência de cobrança de IOF, já que, tecnicamente, a operação se assemelha mais a um contrato de aluguel do que a um empréstimo propriamente dito.
A procura pelo leasing tem crescido tanto que muitos bancos passaram a usar empresas de arrendamento mercantil para captar dinheiro no mercado, pois, por não serem classificadas como instituições financeiras, elas podem atuar sem as restrições impostas pelo Banco Central às instituições financeiras.
A autoridade monetária retém uma parcela dos depósitos mantidos nos bancos por meio de contas correntes e cadernetas de poupança, por exemplo. É o chamado depósito compulsório. Para escapar dessa limitação, muitos bancos passaram a usar empresas de leasing para captar dinheiro no mercado, pois os recursos que essas companhias deixavam em aplicações nos bancos não estavam sujeitas ao compulsório.
A situação mudou em fevereiro, quando foi criado um recolhimento específico para esse caso. Em junho, o BC já havia retido R$ 7,5 bilhões dos bancos por causa dessa prática.


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