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Se necessário, haverá corte de gasto, diz Mantega
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Fazenda,
Guido Mantega, reafirmou
ontem o compromisso do governo de cumprir a meta de
superávit primário (economia feita para pagar os juros
da dívida pública) deste ano e
de 2010- ano eleitoral.
Mantega disse que, se for
necessário, o governo vai
cortar gastos correntes para
que as contas do setor público fechem no azul, com folga
de 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
"O compromisso do governo é cumprir a meta fiscal,
mesmo que para isso tenhamos que conter gastos. Não
há nenhum problema em
conter gastos. E nós temos
autorização do presidente da
República para fazê-lo se for
necessário", afirmou.
O pronunciamento do ministro foi feito para tentar reverter a repercussão negativa, entre analistas do mercado financeiro, do resultado
das contas do governo federal no primeiro semestre. No
período, o superávit primário somou o pior resultado
desde 2001.
Há três meses, o governo
cortou a meta de superávit
primário, quando percebeu
que não seria possível fazer
uma economia de 3,8% do
PIB este ano. Isso porque a
arrecadação de tributos caiu
em consequência da recessão da economia. Os gastos
do governo, por sua vez, continuaram crescendo.
(JULIANA ROCHA)
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