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Temores sobre China e queda de commodities afetam Bovespa
Dólar sobe para R$ 1,904;
petróleo perde mais de 5%
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado financeiro atravessou mais um pregão de perdas. Dados econômicos pouco
animadores nos EUA, além de
temores em relação ao crescimento da China, prejudicaram
as Bolsas e afetaram o desempenho das commodities. Para a
Bovespa, o resultado foi uma
queda de 1,35%. O dólar subiu
1,17%, para R$ 1,904.
A forte depreciação do petróleo não deu chances para os papéis da Petrobras. O barril do
produto recuou 5,77% em Nova
York, cotado a US$ 63,35 no
fim dos negócios. A alta nos estoques de petróleo nos EUA,
somada à queda acima das expectativas nas encomendas de
bens duráveis no país, não favoreceu os mercados.
O Dow Jones caiu 0,29%. A
Nasdaq, 0,39%.
A queda de 2,67% dos papéis
da Petrobras e de 1,69% dos da
Vale fez, devido a seu peso, a
Bovespa recuar mais do que o
mercado americano. Juntas, as
ações da Petrobras e da Vale (o
balanço da mineradora foi divulgado após o fechamento do
mercado) responderam por
quase 35% do total movimentado na Bolsa ontem.
Temores de que a demanda
chinesa possa não se sustentar,
decorrentes de um possível
aperto em seu mercado de crédito, podem dificultar a recuperação das commodities e, consequentemente, gerar problemas para o mercado brasileiro.
A Bolsa de Xangai foi uma das
que mais perderam ontem, ao
fechar com baixa de 5,01%.
Apesar das perdas de ontem,
as Bolsas de emergentes se destacam no ano e permanecem
no alvo de grandes investidores. Mark Mobius, presidente-executivo da Templeton Asset,
afirmou ontem que a instituição pretende duplicar os ativos
em mercados emergentes, para
US$ 50 bilhões, dentro de dois
anos. "Os mercados emergentes serão os primeiros a se safar
da crise", disse Mobius à
Bloomberg. A China é a principal escolha do administrador
de recursos em emergentes, seguida por Brasil, Índia e Rússia.
Hoje, o mercado aguarda a
divulgação da ata da mais recente reunião do Copom. A ata
trará considerações sobre os
motivos que levaram o Copom
a reduzir a Selic de 9,25% para
8,75% na semana passada.
Por enquanto, a maioria do
mercado conta com a manutenção da taxa nesse patamar
até o final de 2009. Assim, sinalizações contrárias na ata irão
acabar por agitar o mercado futuro de juros. Durante a semana, as taxas dos contratos de juros pouco oscilaram na BM&F.
No papel com vencimento no
fim do ano, a taxa foi de 8,63%
na sexta para 8,61% ontem.
Na avaliação de Beny Parnes,
estrategista-chefe da BBM
Gestão de Recursos, a maior
parte das altas nos mercados
futuros de juros e de câmbio no
ano já acabou. "Há menos
oportunidade e menos risco",
disse Parnes à Bloomberg.
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