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ANÁLISE
Concorrência beneficia usuários de internet
PAUL TAYLOR
DO "NEW YORK TIMES"
Já que o nome do Google virou sinônimo de serviço de
busca, poderia parecer uma ousadia tola, ou até mesmo uma
futilidade, que um rival tente
superá-lo -ainda que esse rival
seja a Microsoft. Mesmo assim,
é exatamente isso que a maior
produtora mundial de software
está tentando fazer com o Bing,
seu novo serviço de busca.
O Bing foi projetado de maneira a superar as limitações de
seu predecessor, o Live Search,
e apresentar resultados de busca superiores aos dos concorrentes da Microsoft, entre os
quais o Google. A maneira pela
qual tenta realizar essa missão
é a introdução de uma nova e
elegante interface e de uma série de recursos, como o Explorer Pane, que ajudam a definir o
Bing e a distingui-lo dos rivais.
O Explorer Pane se baseia em
tecnologia sensível a contexto.
Por exemplo, se eu escrevo
"Canon Digital Rebel" no campo de busca, o Bing tenta prever
a informação que estou realmente procurando e abre tabs
separadas para compras, reparos e um manual do usuário.
Como na mais recente versão
do buscador Yahoo!, os criadores do Bing também tentaram
se afastar da lista de links que
caracteriza a busca do Google e
pode não incluir a informação
procurada. O Bing tenta melhorar esse aspecto do processo ao
incluir um recurso de destaque
que revela parte do texto do site
localizado quando o usuário
passa o cursor por sobre o link.
Ao longo de todo o projeto de
busca, os criadores do Bing
também tentaram colocar em
destaque a informação pela
qual o usuário mais provavelmente está procurando. Por
exemplo, se a busca foi por "Fedex", o primeiro resultado incluirá um link para o serviço de
rastreamento on-line de pacotes da FedEx.
Um dos meus recursos favoritos é o sistema reforçado de
buscas de vídeo e imagens. O
modelo do Bing permite que os
usuários procurem por conteúdo em vídeo de provedores específicos. Além disso, os resultados de buscas por vídeos exibem pequenas imagens de tela
que se movimentam quando o
cursor passa sobre elas.
O outro grande avanço do
Bing, e talvez o mais atraente
deles, é a introdução de categorias especializadas de buscas
para compras e viagens, que podem ser utilizadas diretamente
de sua home page. Se o usuário
procura por um determinado
produto eletrônico, por exemplo, os resultados incluirão
comparações de preço, resenhas de usuários recolhidas de
diversas fontes na web e outras
informações úteis.
O recurso de buscas para viagens é especialmente impressionante, e inclui uma das melhores ferramentas on-line que
já vi para comparar preços de
passagens aéreas.
Em termos gerais, considero
que o Bing seja um considerável passo à frente com relação
ao Live Search da Microsoft e
aos produtos concorrentes do
Google e Yahoo!.
O Bing talvez ainda não seja
capaz de concorrer de igual para igual com o poderio do Google, mas adota uma abordagem
nova que pode atrair os usuários gerais, que talvez não tenham experiência em buscas e
encontrem dificuldades para
procurar entre inúmeros links.
Mesmo que o Bing não seja
capaz de reduzir a imensa participação de mercado do Google -que no mês passado detinha 82% do mercado mundial e
65% do mercado norte-americano de buscas-, os usuários
da internet devem sair beneficiados dessa batalha.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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