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MERCADO FINANCEIRO
Juros pagos por papéis prefixados vendidos ontem ficou em 17,28%, contra 17,12% da última semana
Tesouro paga mais para vender títulos
DA REPORTAGEM LOCAL
Em leilão realizado ontem, o
Tesouro Nacional pagou juros de
até 17,28% por um lote de R$ 2
bilhões de LTNs (Letras do Tesouro Nacional) com vencimento em treze meses. Na semana
passada, os mesmos papéis foram vendidos a uma taxa de
17,12%.
Segundo Carlos Henrique de
Abreu, da corretora Socopa, as
taxas exigidas pelos investidores
só não foram maiores porque, na
hora do leilão -realizado no início da tarde-, o nervosismo trazido pela divulgação do IPCA-15
(Índice de Preços ao Consumidor
Amplo), na parte da manhã, já
havia diminuído.
O índice medido pelo IBGE ficou em 1,99% neste mês, surpreendendo o mercado.
De acordo com Abreu, no início da tarde o susto havia passado, e os investidores se convenceram de que a meta de inflação
acordada com o FMI (Fundo
Monetário Internacional) deve
ser cumprida, mesmo com os resultados negativos registrados
nas últimas semanas.
Depois que o IPC (Índice de
Preços do Consumidor) da Fipe e
o IPCA-15 ficaram acima do esperado neste mês, o mercado
aguarda a divulgação do IGP-M
(Índice Geral de Preços do Mercado), prevista para hoje.
O mercado acionário também
reagiu mal ao IPCA-15 deste mês.
Na parte da manhã, a Bovespa
chegou a cair 1,31%. Ao longo do
dia houve uma ligeira recuperação, e a Bolsa fechou com queda
de 0,60%.
Analistas apontam vários fatores que favorecem, hoje em dia, o
mercado de ações, como a tendência de queda nos juros e o
crescimento econômico. Apesar
disso, a baixa liquidez ainda segura a Bovespa. Ontem, o volume negociado foi de R$ 677,226
milhões. No último trimestre do
ano passado, o giro financeiro
diário registrado na Bolsa paulista chegou a bater R$ 1 bilhão.
A queda de ontem foi puxada
por ações de empresas do setor
elétrico. As maiores quedas foram Copel PNB (-4,94%), Copesul ON (-4,26%), Cesp PN (-4%)
e Celesc PNB (-3,94%).
Entre as ações que registraram
alta, destaque para os papéis preferenciais do Banespa, que subiram 2,56% com o otimismo dos
investidores em relação ao processo de privatização do banco
paulista.
(NEY HAYASHI DA CRUZ)
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