São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 2002

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Metalúrgicos vão à Fiesp com reivindicações

DA REPORTAGEM LOCAL

Metalúrgicos da CUT fizeram ontem a entrega da pauta de reivindicações em um ato em frente à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que marcou oficialmente a campanha salarial deste ano.
Reduzir a jornada para 36 horas semanais e limitar a contração de temporários nas empresas são dois pontos defendidos pelos sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, Limeira, Campinas e Santos para evitar dispensas e manter os empregos da categoria. Juntos, esses sindicatos representam cerca de 100 mil trabalhadores. Participaram do ato de ontem cerca de 300 metalúrgicos.
A pauta inclui ainda aumento real de 10%, reposição integral da inflação e piso salarial de R$ 1.250 -hoje é de R$ 400-, informa Adilson dos Santos, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
Os trabalhadores do interior do Estado de São Paulo representados pelos quatro sindicatos, apesar de filiados à central, não fazem parte da FEM-CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos).
A federação, que representa 250 mil metalúrgicos no Estado, deve definir amanhã suas reivindicações deste ano. "É preciso lembrar que os 60 mil trabalhadores das montadoras de São Paulo já têm acordo que garante reposição integral da inflação e 2% de aumento real se atingidas metas de produção", disse Adi dos Santos Lima, presidente da FEM.

DaimlerChrysler
No ABC paulista, os funcionários da DaimlerChrysler (dona da marca Mercedes-Benz) aprovaram em assembléia a abertura de um PDV (Programa de Demissão Voluntária), de 2 a 17 de setembro. Com o voluntariado, a empresa suspende as 656 demissões previstas para este ano.
O plano prevê o pagamento de 2,2 a 9 salários dependendo do tempo de serviço e da idade do empregado, além de nove meses de assistência médica.
"Se o PDV atingir a meta de 570 adesões, a montadora se compromete a não fazer demissões coletivas até março de 2004", disse o coordenador da comissão de fábrica, Valter Sanches. A assessoria da DaimlerChrysler informa que o compromisso também está condicionado ao cumprimento de metas de produção previstas para até 2004.
O voluntariado será aberto inclusive nas áreas diretamente ligadas à produção. Inicialmente estava previsto para horistas indiretos (apoio à produção) e mensalistas (administrativos). Para cada adesão de um operário da produção (horista direto), há o compromisso de realocar um funcionário administrativo ou um horista indireto desde que haja compatibilidade de função e de salário. Trabalhadores e empresas têm reunião marcada no dia 18 de setembro, caso o voluntariado não atinja 570 adesões. (CR)

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