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Metalúrgicos vão à Fiesp com reivindicações
DA REPORTAGEM LOCAL
Metalúrgicos da CUT fizeram ontem a entrega da pauta de reivindicações em um ato em frente à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que marcou oficialmente a campanha salarial deste ano.
Reduzir a jornada para 36 horas semanais e limitar a contração de temporários nas empresas são dois pontos defendidos pelos sindicatos dos metalúrgicos de São
José dos Campos, Limeira, Campinas e Santos para evitar dispensas e manter os empregos da categoria. Juntos, esses sindicatos representam cerca de 100 mil trabalhadores. Participaram do ato de ontem cerca de 300 metalúrgicos.
A pauta inclui ainda aumento real de 10%, reposição integral da inflação e piso salarial de R$ 1.250 -hoje é de R$ 400-, informa Adilson dos Santos, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
Os trabalhadores do interior do
Estado de São Paulo representados pelos quatro sindicatos, apesar de filiados à central, não fazem
parte da FEM-CUT (Federação
Estadual dos Metalúrgicos).
A federação, que representa 250
mil metalúrgicos no Estado, deve
definir amanhã suas reivindicações deste ano. "É preciso lembrar
que os 60 mil trabalhadores das
montadoras de São Paulo já têm
acordo que garante reposição integral da inflação e 2% de aumento real se atingidas metas de produção", disse Adi dos Santos Lima, presidente da FEM.
DaimlerChrysler
No ABC paulista, os funcionários da DaimlerChrysler (dona da
marca Mercedes-Benz) aprovaram em assembléia a abertura de
um PDV (Programa de Demissão
Voluntária), de 2 a 17 de setembro. Com o voluntariado, a empresa suspende as 656 demissões
previstas para este ano.
O plano prevê o pagamento de
2,2 a 9 salários dependendo do
tempo de serviço e da idade do
empregado, além de nove meses
de assistência médica.
"Se o PDV atingir a meta de 570
adesões, a montadora se compromete a não fazer demissões coletivas até março de 2004", disse o
coordenador da comissão de fábrica, Valter Sanches. A assessoria
da DaimlerChrysler informa que
o compromisso também está
condicionado ao cumprimento
de metas de produção previstas
para até 2004.
O voluntariado será aberto inclusive nas áreas diretamente ligadas à produção. Inicialmente estava previsto para horistas indiretos (apoio à produção) e mensalistas (administrativos). Para cada
adesão de um operário da produção (horista direto), há o compromisso de realocar um funcionário
administrativo ou um horista indireto desde que haja compatibilidade de função e de salário. Trabalhadores e empresas têm reunião marcada no dia 18 de setembro, caso o voluntariado não atinja 570 adesões. (CR)
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