As empresas brasileiras conseguiram aumentar sua rentabilidade no segundo trimestre do ano mesmo com uma retração do lucro da atividade em relação ao primeiro trimestre. O que puxou o resultado positivo foi o ganho financeiro das empresas no período.
É o que revela um estudo da Fundap (Fundação do Desenvolvimento Administrativo) com base nos balanços de 156 empresas de capital aberto.
"As empresas tiveram um comportamento financeiro bom no segundo trimestre, mas seu resultado real foi ruim. Elas se depararam com custos altos e demanda fraca", afirma Geraldo Biasoto Junior, presidente da Fundap.
A rentabilidade média dessas empresas sobre o patrimônio líquido foi de 3,4% no segundo trimestre. O resultado é melhor que o retorno de 2,5% do primeiro trimestre, mas abaixo dos 4,2% de rentabilidade no segundo trimestre de 2008.
A soma do lucro da atividade dessas empresas entre abril e junho foi de R$ 30,43 bilhões -1,8% abaixo do trimestre anterior e 31% menos do que no mesmo período de 2008.
O que fez com que a rentabilidade e o lucro líquido dessas empresas aumentassem no período foi seu resultado financeiro. De uma despesa financeira total de R$ 6 bilhões de janeiro a março, essas empresas pularam para uma receita também de R$ 6 bilhões entre abril e junho, segundo o levantamento da Fundap.
"Essa inversão foi resultado da valorização do real, da redução do custo do crédito e de ganhos com derivativos no segundo trimestre", diz Biasoto.

CONSTRUÇÃO
Boris Tabacof lança em setembro "Espírito de Empresário - Reflexões para Construir uma Gestão Baseada em Valores" (editora Gente). O autor, que já liderou grandes grupos empresariais e hoje faz parte do conselho de administração da Cia. Suzano, aborda no livro sua trajetória profissional e o desenvolvimento do país.

ÁBACO
O Conselho Federal de Contabilidade e o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil promovem o Seminário Brasileiro de Auditoria Independente, dia 1º, na Amcham, em SP. Na ocasião, será lançada a proposta de convergência de normas de auditoria ao padrão internacional. A proposta será submetida à audiência pública.

LIMPEZA
Com investimentos de cerca de R$ 2 milhões em seis municípios fluminenses, a Abipla (associação de indústrias de produtos de limpeza) e a Abihpec (de cosméticos) lançaram em parceria um projeto para reaproveitar embalagens em processos produtivos e estimular a organização de cooperativas de catadores.

PESQUISA
A Serasa Experian vai lançar, no dia 4, um programa de incentivo à pesquisa aplicada, nas áreas de crédito, marketing e tecnologia da informação, extensivo a acadêmicos em nível de mestrado e doutorado de universidades brasileiras. Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, dará palestra no lançamento.

DIÁRIA
Eva Ziegler, presidente das marcas W Hotels e Le Méridien, ambas da Starwood Hotels & Resorts, fez uma turnê pela América Latina. Depois de inaugurar a primeira unidade do W da América do Sul, em Santiago, Ziegler veio a São Paulo conversar com investidores para bater o martelo para a construção da primeira no Brasil, mas a empresa ainda não definiu seu parceiro por aqui.

RESSEGUROS
Uwe Kutschera, vice-presidente da Allianz Global Corporate & Specialty, nova resseguradora admitida para atuar no país, desembarca em São Paulo nesta semana. A companhia vai atuar com a Allianz Seguros.

CAÇA-TALENTOS
A escassez de talentos ainda é uma grande preocupação das empresas, segundo estudo do Grupo Manpower em 33 países. Cerca de 30% dos empregadores procuram candidatos qualificados. Vagas de técnicos e engenheiros estão entre as mais difíceis de serem preenchidas.

CHAPA QUENTE
Luana Inocentes, gestora da marca George Foreman para a América Latina, diz que o varejo de eletroportáteis voltou ao patamar pré-crise. A Applica/ Salton, fabricante dos grills da marca, registra crescimento de 34% neste bimestre com relação ao anterior.

EM OBRAS
A maior preocupação do setor privado de infraestrutura é a eficácia dos governos, segundo levantamento da KPMG com 455 executivos de quase 70 países, incluindo o Brasil. Quase 70% acreditam que esse fator pode inibir a própria capacidade dos governos de fornecer novas obras.

PREOCUPAÇÃO
No estudo da KPMG, as condições econômicas e a capacidade de financiamento estão em segundo plano na preocupação das empresas, com 63% e 60%, respectivamente.

MAQUINISTA
O governo pediu para a Fiesp intermediar o projeto para a construção do trem de alta velocidade que ligará Campinas ao Rio. A proposta será discutida por representantes do governo, da indústria, de agências de fomento e investidores, na quinta-feira, na Fiesp.

DO JOÃO, DA MARIA E DO BRASIL
Depois de voltar à liderança no ranking de bancos do país, o Banco do Brasil investe R$ 30 milhões em uma nova campanha publicitária, feita pela agência Master. Segundo o diretor de marketing da instituição, Dan Conrado, a intenção é encerrar a linha da campanha anterior, que classificava o BB como "o banco da Maria ou do João". "Agora a mensagem é que o banco é do Brasil", diz Conrado. "Queremos mostrar que o banco é um aliado do brasileiro e que vai ajudá-lo a superar esta fase de crise." Além de mídias tradicionais, o banco vai usar mídias sociais nessa campanha. A Master está selecionando imagens de brasileiros no Flickr, que serão compradas pelo banco e incorporadas na campanha.

com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI


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