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Projeto é pífio na região com maior carência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A região Norte, que concentra quatro dos cinco Estados com o maior deficit habitacional proporcional do
Brasil, teve nestes cinco meses de existência do Minha
Casa, Minha Vida apenas
cinco empreendimentos
contratados -2,24% de tudo
o que foi acertado no país.
Segundo balanço da Caixa
Econômica Federal atualizado até 20 de agosto, o Minha
Casa, Minha Vida só conseguiu contratar até agora três
empreendimentos no Pará e
dois em Tocantins, que envolvem um número total de
cerca de 800 imóveis.
De acordo com o estudo
"Deficit Habitacional no
Brasil 2007", da Fundação
João Pinheiro em parceria
com o Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento, Amapá (20,2%),
Amazonas (18,6%), Tocantins (18,2%) e Pará (17,1%)
têm alguns dos piores índices de falta de moradia em
relação ao total de domicílios
dos Estados. Eles só perdem
para o Maranhão (29,5%).
Donas dos menores índices de deficit habitacional no
Brasil, as regiões Sudeste e
Sul concentraram até 20 de
agosto 76% dos projetos assinados do programa -respectivamente, 108 e 62.
No início de agosto, acórdão do TCU (Tribunal de
Contas da União) sobre análise do desempenho do programa em seus primeiros
meses recomendou ao Ministério das Cidades "intensificar suas ações de publicidade naqueles Estados com
menor índice de projetos
apresentados (...) de modo a
assegurar a distribuição dos
empreendimentos imobiliários e respectivas unidades
habitacionais de acordo com
a composição do deficit habitacional brasileiro".
O governo argumenta que
isso já era esperado neste início de programa, já que o
mercado, que tinha um estoque de projetos mais direcionados para famílias com
maior renda e de regiões
mais ricas, levará tempo para
se adaptar ao Minha Casa,
Minha Vida.
(RANIER BRAGON e SHEILA D'AMORIM)
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