São Paulo, domingo, 30 de agosto de 2009

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Projeto é pífio na região com maior carência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A região Norte, que concentra quatro dos cinco Estados com o maior deficit habitacional proporcional do Brasil, teve nestes cinco meses de existência do Minha Casa, Minha Vida apenas cinco empreendimentos contratados -2,24% de tudo o que foi acertado no país.
Segundo balanço da Caixa Econômica Federal atualizado até 20 de agosto, o Minha Casa, Minha Vida só conseguiu contratar até agora três empreendimentos no Pará e dois em Tocantins, que envolvem um número total de cerca de 800 imóveis.
De acordo com o estudo "Deficit Habitacional no Brasil 2007", da Fundação João Pinheiro em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Amapá (20,2%), Amazonas (18,6%), Tocantins (18,2%) e Pará (17,1%) têm alguns dos piores índices de falta de moradia em relação ao total de domicílios dos Estados. Eles só perdem para o Maranhão (29,5%).
Donas dos menores índices de deficit habitacional no Brasil, as regiões Sudeste e Sul concentraram até 20 de agosto 76% dos projetos assinados do programa -respectivamente, 108 e 62.
No início de agosto, acórdão do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre análise do desempenho do programa em seus primeiros meses recomendou ao Ministério das Cidades "intensificar suas ações de publicidade naqueles Estados com menor índice de projetos apresentados (...) de modo a assegurar a distribuição dos empreendimentos imobiliários e respectivas unidades habitacionais de acordo com a composição do deficit habitacional brasileiro".
O governo argumenta que isso já era esperado neste início de programa, já que o mercado, que tinha um estoque de projetos mais direcionados para famílias com maior renda e de regiões mais ricas, levará tempo para se adaptar ao Minha Casa, Minha Vida. (RANIER BRAGON e SHEILA D'AMORIM)


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