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Protesto acaba, mas Vasp cancela vôo
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar do fim da paralisação, a
Vasp voltou a cancelar vôos previstos para ontem, segundo informações das áreas de operação dos
principais aeroportos: 71 operações não foram realizadas.
A companhia aérea nega a informação e afirma que a malha
está sendo reestruturada e que os
vôos que aparecem como cancelados nos painéis dos aeroportos
são da malha antiga, ou seja, não
existem mais atualmente.
Na tarde de ontem, a empresa
divulgou uma nota na qual afirmou que desde 22h da terça os
vôos "retomaram a mais completa normalidade e regularidade".
Apesar disso, segundo o setor
operacional dos aeroportos, 27
pousos ou decolagens foram cancelados no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, 9 no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e
16 em Brasília, além cancelamentos em aeroportos de Manaus,
Florianópolis, Belém, Porto Alegre e Belo Horizonte.
A empresa diz que o DAC (Departamento de Aviação Civil) foi
informado das mudanças feitas
na malha. A assessoria de imprensa do órgão, procurada pela reportagem às 19h50 de ontem, afirmou não ser possível confirmar a
informação por causa do horário.
Queda na oferta
Se não aumentar a utilização de
suas aeronaves e continuar com a
mesma quantidade de aviões que
tem em operação atualmente, a
Vasp terá de reduzir sua oferta em
29% em outubro na comparação
com agosto. É o que mostra um
cálculo feito por um especialista
no setor a pedido da Folha.
Isso por causa da redução da
frota: segundo a Folha apurou, a
empresa voava com 16 Boeing-737/200, quatro Boeing-737/300 e
um A300. Atualmente, a Vasp voa
com 11 737/200, três Boeing-737/
300 e um A300.
A empresa pode elevar a utilização das aeronaves disponíveis para conseguir cumprir suas linhas,
mas, quanto maior o tempo de
vôo de um avião, mais freqüentes
devem ser as manutenções, ou seja, maior o gasto.
A companhia aérea também
pode reestruturar sua malha para
adequá-la à quantidade de aviões
que possui em operação.
Outro problema a ser enfrentado pela Vasp é a entrada em vigor
no Brasil de uma regra internacional a partir de 31 de dezembro
deste ano prevista pelo RBHA 91
(Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica): companhias aéreas que operam aeronaves que se enquadram na categoria 2 de ruído -entre as quais estão os 737-200 da Vasp- devem
retirar no mínimo 20% desses
modelos de circulação por ano.
Em 2010, fiz o regulamento, esses
modelos não serão mais permitidos no país.
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