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Ministra promete leilão para novembro
DA SUCURSAL DO RIO
A ministra de Minas e Energia,
Dilma Rousseff, anunciou que o
governo trabalha com a data de 30
de novembro para o primeiro leilão de energia velha, não contratada pelas distribuidoras. Serão licitados 55 mil MW de energia.
Até lá, prevê ela, será resolvido o
impasse sobre o índice de inflação
que irá reajustar os contratos de
fornecimento de energia das geradoras às distribuidoras.
A ministra defende que o indicador seja o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ao
contrário das empresas, que preferem o IGP-M (Índice Geral de
Preços - Mercado).
Para Dilma, se optar pelo IGP-M, o governo estará "transferindo
renda" dos consumidores para as
companhias. Pois o índice é sensível às variações do dólar e, por isso, fica acima do IPCA.
Ela diz que a maioria dos financiamentos do setor é do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Tais
recursos, afirma a ministra, não
são corrigidos pelo dólar, portanto não há necessidade de usar o
IGP-M.
Dilma disse que no primeiro trimestre de 2005 será realizado o
primeiro leilão de energia nova
-ou seja, concessão de usinas
que ainda serão instaladas. Serão
ofertados 13,6 mil MW.
Em mais uma tentativa para
pressionar os órgãos ambientais,
Dilma advertiu que pode faltar
energia se a expansão do setor e a
questão ambiental "não forem
pensadas de forma conjunta".
O maior problema é a usina de
Estreito, em Tocantins, que representa 32% da energia a ser gerada
pelas 22 usinas sem licença. O Ibama ainda não concedeu a autorização para a usina.
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