São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 2008

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Dólar alto não compensa ritmo menor, diz AEB

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Nem mesmo a valorização do dólar compensará a forte queda na demanda nos países desenvolvidos e seu efeito negativo sobre as exportações brasileiras, avalia o vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior Brasileiro). Para ele, a crise atual é potencialmente mais grave do que a mexicana, de 1997, que afetou em cheio a economia brasileira.
"Certamente, haverá redução na demanda. Os exportadores já sentem que há um cenário de cautela. Muitos compradores já postergaram encomendas. E o câmbio [a valorização do dólar] não vai evitar isso. Seu efeito positivo só é sentido nas exportações de produtos manufaturados, que representam apenas 35% da pauta de exportações do Brasil", diz.
Segundo Castro, são cinco os efeitos negativos da crise sobre o comércio exterior brasileiro: queda de preço das commodities; redução da demanda desses produtos pelos países desenvolvidos; diminuição do consumo de manufaturados nas nações ricas; retração da demanda dos países emergentes; e restrição do crédito.
Tanto Francisco Pessoa, da LCA, como Sérgio Vale, da MB Associados, avaliam que o maior impacto da crise será em 2009, quando haverá desaceleração do crescimento e um menor saldo comercial.


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