São Paulo, quarta-feira, 30 de outubro de 2002

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Maior parte de credores é investidor estrangeiro

ÉRICA FRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL

Bancos e investidores institucionais estrangeiros serão os mais afetados pelo reescalonamento de pagamentos, anunciada pela GloboPar Comunicações e Participações, holding que pertence à família Marinho. Segundo a Folha apurou, cerca de 80% da dívida total da empresa de US$ 1,6 bilhão é detida por credores de fora. O restante está nas mãos de bancos e fundos de investimento nacionais.
A expectativa do mercado ontem era sobre o possível impacto que a reestruturação da dívida da empresa poderá ter sobre fundos de investimento. Uma instituição financeira estimava ontem que aproximadamente R$ 600 milhões em debêntures da empresa estão em fundos nacionais.
O executivo de uma instituição financeira que participa da operação de reescalonamento afirma que a moratória não atingirá os fornecedores da empresa.
De acordo com ele, os credores da GloboPar já esperavam pelo reescalonamento anunciado porque a empresa vinha sendo muito prejudicada pela alta do dólar.
Segundo a Folha apurou, a TV Globo Ltda., é garantidora de cerca de US$ 1,1 bilhão da dívida total da GloboPar, que chega a US$ 1,6 bilhão se forem contabilizadas garantias dadas a empresas que fazem parte da holding, como Editora Globo e Globo Cochrane.
As instituições envolvidas na operação já estão avaliando informações referentes às perspectivas de receita futura tanto da GloboPar como da TV Globo.
Segundo o diretor de um dos bancos credores da GloboPar, a expectativa é que a TV Globo pagará parte da dívida da GloboPar.


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