São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 2006

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Ministra argentina quer exportações sofisticadas

Produtor brasileiro não mantém restrição às vendas

DA BLOOMBERG

A Argentina precisa aumentar suas exportações de produtos com maior valor agregado e gerar "atividades econômicas sofisticadas", disse a ministra da Economia, Felisa Miceli.
Para a ministra, seu país deveria equilibrar o valor de suas exportações. O valor médio das exportações argentinas é de US$ 460 por tonelada, comparativamente à média de US$ 1.450 por tonelada dos produtos importados pelo país, segundo Miceli.
"A Argentina precisa estimular suas exportações e aumentar as remessas de produtos de alto valor agregado para o exterior", disse Miceli. "Para fazer isso, precisamos gerar mais atividades economicamente sofisticadas, atividades que incorporam tecnologias melhores."
Miceli disse que o país consolidou sua economia com base no superávit fiscal, que alcançou 2,2 bilhões de pesos (US$ 710 milhões) em setembro passado, contra o 1,6 bilhão de pesos do mesmo período do ano passado. "É muito importante para o país manter esse superávit fiscal, que nos permite acumular reservas como proteção contra a volatilidade financeira", disse.

Sem acordo
Empresas associadas à Eletros (que reúne fabricantes de produtos eletroeletrônicos) decidiram não negociar novos acordos de restrição voluntária de exportação de refrigeradores, fogões e lavadoras de roupa para a Argentina.
"Os acordos voluntários restritivos, assinados em 2004 e que vigoraram até este ano, foram decorrentes da crise econômica da Argentina em 2002, mas o setor eletroeletrônico brasileiro nunca propôs que essas restrições fossem mantidas como uma solução para as assimetrias alegadas pela indústria da Argentina", disse Paulo Saab, presidente da Eletros.


Colaborou a Folha Online

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