São Paulo, terça-feira, 30 de outubro de 2007

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Dólar pode ficar abaixo de R$ 1,70, diz banco

Depois de ter atingido ontem a marca de R$ 1,75, o dólar pode fechar este ano abaixo de R$ 1,70. O volume de dinheiro que entra no país tende a pressionar ainda mais o câmbio.
A análise é do economista Nilson Teixeira, do Credit Suisse do Brasil, que, em relatório recente, previu que o dólar iria fechar este ano em R$ 1,70.
"O cenário continua muito favorável e é difícil trabalhar com a possibilidade de uma depreciação do real", diz.
Pelas suas contas, o Brasil deve receber neste ano um total de pelo menos US$ 65 bilhões de dinheiro externo para investimento, ações e renda fixa. Em investimento direto estrangeiro, serão US$ 35 bilhões; em ações, US$ 18 bilhões; e, em renda fixa, US$ 12 bilhões.
O economista diz que essa enxurrada de dinheiro no país se deve a uma série de fatores, mas o principal motivo, a seu ver, é a melhora dos fundamentos econômicos do país.
"O que faz esses dólares entrarem no país é principalmente a avaliação favorável sobre as expectativas da economia brasileira nos próximos anos", diz.
Nilson Teixeira não considera esse movimento de queda do dólar preocupante ou uma ameaça à indústria brasileira. Apesar de a importação estar crescendo em um ritmo acelerado, as exportações também estão se expandindo, e em ritmo superior ao que se previa.
Além disso, o mercado interno também tem crescido a ritmos elevados e compensado eventuais perdas na exportação de manufaturados.
Nilson Teixeira não prevê também uma queda nas exportações a curto ou médio prazo. Pelas suas projeções, a tendência é que os preços das commodities, que têm garantido uma boa parte do aumento das exportações, continuem subindo no ano que vem.
O CS prevê, por exemplo, uma alta de 30% no preço do minério de ferro no ano que vem, o que vai garantir uma exportação superior a US$ 11 bilhões em 2008.

O mais longevo dos empresários

Sem festas ou grandes comemorações, o empresário João Santos, fundador do grupo João Santos, completou na sexta-feira passada cem anos de idade. Dono de um grupo com faturamento anual superior a US$ 1,5 bilhão, João Santos é hoje o mais longevo empresário do país em atividade.
Até hoje, o empresário mantém o hábito de visitar suas fábricas em 12 diferentes regiões brasileiras nos finais de semana ou feriados. Ele costuma dizer que, assim como tem gente que gosta de futebol ou de ir à praia, o hobby dele é o trabalho. Só não o convidem para ir ao exterior. "Estou muito ocupado", costuma dizer.
Lúcido, seus ensinamentos ainda dão o tom da companhia. Em primeiro lugar, nunca, em 60 anos de vida, a empresa distribuiu dividendos aos acionistas. A outra norma é não se endividar. Depois de uma crise que abateu a empresa há pouco mais de dez anos, João Santos ditou uma ordem até hoje cumprida de todos os investimentos serem feitos com recursos próprios.
Bem-humorado, Santos gosta muito de contar piadas para os amigos. Só que é ele quem mais acha graça delas.

BRONZEADO

A rede de bronzeamento Magic Tan inaugura novas unidades em São Paulo, no Rio e em Curitiba. A marca, que chegou ao Brasil em 2005, passou por posicionamento para ser desassociada da idéia de praia e bronzeamento por luz e para se ligar à idéia de estética, segundo Christian Deustschmann, diretor da Magic Tan na América Latina. A expansão é a segunda parte da estratégia. Entre os clientes da rede, estão Donata Meirelles e Fernanda Lima.

COMBUSTÍVEL
A Abdib sedia, amanhã, reunião da ANP (Agência Nacional do Petróleo) com empresários e investidores do setor. No encontro, diretores e especialistas da agência devem apresentar detalhes ambientais e comerciais das áreas ofertadas na nona rodada de licitação de blocos para exploração de óleo e gás.

ON-LINE
O fundo de pensão dos funcionários da Caixa lança hoje, em Brasília, o Credinâmico Funcef, linha de crédito exclusiva para associados. Por meio dele, é possível obter empréstimos com taxas diferenciadas pela internet.

CONSTRUÇÃO VERDE
Acontece hoje o Fórum Nacional da Sustentabilidade da Construção, no WTC São Paulo. O evento terá o apoio do Green Building Council Brasil.

CONSUMO
A zona oeste do Rio ganha hoje um novo centro comercial, com 2.500 novas vagas de trabalho, o Bangu Shopping. Resultado de investimentos do BNDES, do Banco do Brasil e da BSC Shopping Center, o empreendimento terá 180 lojas, complexo de cinema e espaço reservado para implantação de universidade, centro médico e hipermercado. Na ancoragem, Lojas Americanas, Leader Magazine e Casas Bahia, entre outras.

NO AR
A Varig deve iniciar seus vôos para Santiago (Chile) no dia 21 de novembro.

DE DIETA
A Coca-Cola Zero apresentou, em setembro, segundo a leitura do instituto de pesquisas Nielsen, volume de vendas oito vezes maior que em seu lançamento e alcançou 23,6% de participação no mercado diet/light. A Coca-Cola Femsa teve 57,1% de participação de mercado no mesmo período.


com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA


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