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Região que cresce mais tem inflação maior, diz BC
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Boletim regional do Banco
Central, divulgado ontem,
apontou sinais de aceleração
mais forte da inflação em regiões em que o aquecimento da
economia é maior. Apesar disso, o documento do BC informa
que a alta de preços está "contida" no país.
Segundo o boletim, esse
avanço da inflação foi identificado sobretudo em Minas Gerais, Estado que tem apresentado crescimento econômico acima da média nacional, puxado
pelo desempenho dos setores
automobilístico e de mineração. A inflação medida pelo
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de janeiro a
agosto em Belo Horizonte foi
de 4,07% -no país, o índice para o ano é projetado em 3,9%.
Na maioria das capitais do
Nordeste, contudo, os preços
tiveram aumentos menores do
que a média nacional entre janeiro e agosto. Em Fortaleza
(CE), a inflação foi de 2,48%.
A melhora do desempenho
econômico da região é liderada,
de acordo com o boletim, pelo
varejo, enquanto a indústria segue em ritmo inferior ao nacional. As vendas, impulsionadas
pelo acesso ao crédito, melhoria da renda e programas sociais, aumentaram 11% em 12
meses, enquanto no país esse
crescimento foi de 8,7%.
Na atividade industrial, os
resultados do Nordeste foram
inferiores aos do resto do país,
com crescimento de 2,8% de
agosto de 2006 a julho de 2007.
A média nacional foi de 5,1% de
janeiro a julho deste ano.
Minas Gerais
Ao contrário do Nordeste, a
indústria mineira cresceu 8,4%
de janeiro a julho deste ano. Para Mário Mesquita, diretor de
Política Econômica do BC, a estabilização da economia contribuiu para o desempenho. "Em
um ambiente de estabilidade
monetária, o crédito ficou mais
acessível, e os investimentos,
mais seguros."
Outro aspecto que contribuiu para o crescimento da
economia mineira foram as exportações, diz o relatório. Somente em três itens (automobilístico, metalurgia básica e
mineração) o valor exportado
nos últimos 12 meses foi de
US$ 9,3 bilhões, 21,6% mais do
que no período anterior.
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